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Batalha final contra o EI será na fronteira entre Iraque e Síria

ALEPPO SYRIA

Pietro Ferreira | CC BY-NC-ND 2.0

Agências de Notícias - publicado em 07/10/17

O último grande combate no Iraque contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) será travado na fronteira com a Síria, após a recente derrota dos jihadistas em Hawija, informaram à AFP, neste sábado (7), dois generais da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

“A próxima batalha, o último grande combate, acontecerá no Vale do Eufrates”, declarou o brigadeiro-general Robert Sofge, número dois da coalizão que combate os extremistas.

Esta área desértica se estende da cidade síria de Deir Ezzor, onde o EI enfrenta as forças do regime sírio e seus aliados e uma aliança de combatentes árabes e curdos, apoiada pela coalizão, até seu último reduto no Iraque, a região de Rawa e Al-Qaim, no oeste do Iraque.

Hoje, “2 mil combatentes do EI estão presentes nesta região”, acrescentou o militar durante uma entrevista com a AFP. “Todas as operações vão ter como alvo esta zona e a hora do combate chegará mais rápido do que parece”.

Desde a reconquista, em julho, de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque onde o EI estabeleceu sua capital no país, as forças iraquianas recuperaram – com o apoio, a inteligência e o treinamento da coalizão – o controle de Tal Afar (norte) no final de agosto e depois Hawija, mais ao sul, na última quinta-feira.

Ao mesmo tempo, elas avançam na frente de al-Qaim, retomando duas localidades, Akachat e Rawa.

“As forças iraquianas são capazes de derrotar o EI enquanto se reconstituem rapidamente (para as outras batalhas). Como coalizão, também estamos nos movendo o mais rápido possível para seguir esse progresso”, disse o brigadeiro-general Andrew A. Croft, segundo comandante da aviação da coalizão.

“É uma combinação de fatores: de um lado, as forças iraquianas ganham confiança e energia a cada vitória, por outro, o EI desmorona”, afirma Sofge.

O grupo ultrarradical sunita “agora adota um modo de operação insurgente, e não mais de força militar”, explica, acrescentando que “o desafio para os próximos anos no Iraque e na Síria será o trabalho da polícia”, porque é provável que “células dormentes” vão realizar ataques mesmo em áreas cujo controle foi recuperado meses antes.

Os jihadistas tentam se esgueirar em meio ao fluxo de deslocados ou fugir, mas durante a batalha de Hawija, por exemplo, “mil combatentes do EI foram feitos prisioneiros”.

Eles estão agora nas mãos dos combatentes curdos, os peshmergas, implantados no norte e no leste do Iraque, principalmente na província de Kirkuk – onde Hawija está localizada.

Surpreendentemente, as tensões criadas com a realização do referendo de independência do Curdistão iraquiano até agora não tiveram impacto negativo nas relações entre as forças iraquianas e curdas.

De fato, o general Croft assegurou que “existe uma forte cooperação entre as forças de segurança iraquianas e os peshmergas”.

“A tensão está no nível político, não só não existe (no nível de segurança), como a cooperação é muito forte”, disse ele, enquanto as forças iraquianas continuavam a avançar na região de Hawija para juntar-se aos curdos.

(AFP)

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