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Veja quem são os principais atores na guerra na Síria

UCHODŹCY W LIBANIE

AP/EAST NEWS

Agências de Notícias - publicado em 17/10/17

O exército, que contava com 300.000 homens em suas unidades em 2011, viu seus efetivos caírem pela metade

Iniciado em 15 de março de 2011, o conflito na Síria se tornou cada vez mais complexo e internacional com a entrada de grupos extremistas e países estrangeiros.

A guerra já causou mais de 330.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

Saiba quem são os principais atores do conflito:

Regime e aliados

O exército, que contava com 300.000 homens em suas unidades em 2011, viu seus efetivos caírem pela metade.

É apoiado por 200.000 membros de forças auxiliares, incluindo as Forças de Defesa Nacional. A eles, soma-se combatentes do Hezbollah xiita libanês (entre 5.000 e 8.000 homens) e os combatentes iranianos, iraquianos e afegãos.

Aliado de peso do regime de Bashar al-Assad, a Rússia intervém na Síria desde setembro de 2015. Seus ataques aéreos permitiram que as forças do regime retomassem importantes localidades, incluindo a cidade de Mossul.

O Irã, o principal aliado regional, enviou milhares de combatentes e fornece ajuda econômica.

As forças leais a Assad controlam 52% do território, principalmente as grandes cidades (Damasco, Homs, Hama e Aleppo), segundo o geógrafo francês Fabrice Balanche.

Mais de dois terços dos 17 milhões de habitantes vivem neste território (11,5 milhões).

Rebeldes

No início do conflito, os rebeldes se uniram sob a bandeira do Exército Sírio Livre (ESL), deixando progressivamente espaço a uma miríade de facções. Após seguidas derrotas, não têm mais grande peso.

– Ahrar al-Sham, de inspiração salafista, era um dos grupos mais poderosos. Sobretudo presente na província de Idleb, tentou em 2015 se apresentar como moderado aos ocidentais. Mas após um golpe de força de seus ex-aliados jihadistas da Tahrir al-Sham, agora só controlam alguns poucos redutos em Idleb (noroeste).

– Jaish al-Islam é o grupo mais importante na região de Damasco.

Contando com as zonas dominadas pela coalizão Tahrir al-Sham (composta essencialmente pela ex-facção síria da Al-Qaeda), os rebeldes controlam 12% do território, onde vivem 2,5 milhões de habitantes (14,7% da população), segundo Balanche.

Jihadistas

As duas principais forças jihadistas rivais são o grupo Estado Islâmico (EI) e o grupo Fateh al-Sham.

– O EI conquistou vastas áreas do território sírio desde a sua intervenção em 2013 no conflito e proclamou em 2014 um “califado” sobre os vastos territórios conquistados na Síria e no vizinho Iraque.

Mas, submetido a uma campanha de ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos e a ofensivas em várias frentes – do regime e de uma aliança curdo-árabe -, o EI agora controla apenas 10% do território sírio, contra 33% no início do ano.

Cerca de meio milhão de pessoas vivem nesse território, ou seja, cerca de 3% da população.

– Fateh al-Sham, anteriormente conhecida como Frente Al-Nosra, anunciou sua ruptura com a Al-Qaeda em julho de 2016. Domina a coalizão Tahrir al-Sham. Composta principalmente por sírios, atrai muitos rebeldes com seus meios financeiros e sua melhor organização. Expulsou seus ex-aliados rebeldes de quase toda a província de Idleb.

Curdos

Reprimidos por décadas, os curdos aproveitaram a retirada do exército sírio de suas regiões para estabelecer uma administração local no norte do país.

Em 2016, estabeleceram uma região “federal” nos territórios sob seu controle e organizaram suas primeiras eleições em setembro.

As YPG (Unidades de Proteção do Povo Curdo), sua principal milícia armada, formam o núcleo das Forças Democráticas Sírias (FDS) – também compostas por combatentes árabes – apoiadas pela coalizão internacional anti-jihadista liderada por Washington.

Eles controlam 26% do território, onde vivem quase 14,7% da população (2,5 milhões), e ocupam três quartos da fronteira sírio-turca.

Turquia, Arábia Saudita, Catar

Desde o início da revolta contra Bashar al-Assad, membro da minoria religiosa alauita, a Turquia, a Arábia Saudita e o Catar forneceram apoio à rebelião majoritariamente sunita.

Hoje, Ryad e Doha foram marginalizados e Ancara formou uma aliança sem precedentes com Moscou.

Na frente militar, a Turquia apoia os rebeldes anti-jihadistas e desdobrou tropas no norte da Síria.

Coalizão internacional

Liderada pelos Estados Unidos, compreende mais de 60 países e conduz ataques aéreos contra o EI.

(AFP)

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