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O PM das crianças necessitadas

WEB3 POLICE OFFICER NEW YORK CITY NYPD SEPTEMBER 11 GROUND ZERO HERO Dave Hosford CC

Dave Hosford CC

Vanderlei de Lima - publicado em 18/10/17

O importante trabalho do soldado PM Melan, que ajuda crianças necessitadas de parte da zona sul de São Paulo

Conhecemos, em data recente – não pela grande mídia, mas, sim, via internet – o importante trabalho do soldado PM Melan, que ajuda crianças necessitadas de parte da zona sul de São Paulo, área onde atua, em especial por ocasião do Dia da Criança.

Sua história começa na infância. De pequeno, fez parte de um programa da PM chamado de Jovens Contra o Crime (JCC) e nele ganhou seu primeiro brinquedo digno desse nome, o que lhe despertou dois grandes sonhos: ser policial militar e, enquanto PM, ajudar crianças necessitadas onde quer que fosse. Sua filosofia pessoal é a de que a mudança na sociedade começa em cada um de nós, em nossa mente e no nosso coração.

Em 2014, na Escola Superior de Soldados, em Pirituba, com anuência do Comando e o apoio de colegas, protagonizou a primeira Festa para crianças próximas ao Quartel. Sucesso total e boa acolhida da comunidade.

Já soldado, foi designado para atuar na 2ª Companhia do 1º Batalhão de Polícia Metropolitana, na zona Sul. Lá, expôs a ideia, gestada desde a infância, e ela foi aceita pelo Comando local e por parte do efetivo ali atuante. Mais: uma importante aliada apareceu: a Paróquia Nossa Senhora das Graças, próxima ao Quartel, com pleno aval do pároco, iria (como, de fato, o fez) ajudar na organização da festa.

Não obstante uma grave perda na família, tudo foi superado e as festas puderam acontecer a cada ano com a coleta de 3 a 5 mil brinquedos para doação, de modo que nenhuma criança, além de ter o que comer e beber, durante o evento, fica sem levar uma lembrança para a casa.

É certo que a Festa pode despertar certa apreensão geral, pois, há longo tempo, vem se espalhando, de forma revolucionária, a ideia de que a Polícia é inimiga do povo, a “grande opressora”, que, em nome da “elite” ou da “burguesia”, ataca o pobre, o excluído, o marginalizado, o proletário etc.

Há, ao que parece, grupos organizados para bradar aos quatro ventos que a PM mata gratuitamente, embora – em uma estranha contrapartida – nada falem das tantas mortes e de outras barbaridades protagonizadas por criminosos frios e calculistas que, em um país como o Brasil no qual não há – em tempo de paz – a pena de morte, aplicam a morte sem pena a quem bem entendem, inclusive contra policiais.

Como quer que seja, a festa aconteceu, neste ano de 2017, em sua terceira edição, com a presença de outros Batalhões da Polícia Militar. Incluiu serviços especializados como o Primeiro Batalhão de Choque, a Rota, o Segundo de Choque, voltado para Controle de Distúrbios Civis (CDC), que levou para exibição um veículo centurion, além do Corpo Musical da PM, do 4ª Grupamento de Bombeiros e da própria Polícia de área. Tudo isso dá às crianças a possibilidade de ter um contato mais próximo com algo que, a seu modo, representa a lei e a ordem ou convida à prática do bem.

A lição é, sem dúvida, grandiosa e merece ampla divulgação a fim de que apareçam muitos parceiros para a Festa promovida pelo PM Melan e colegas de farda, bem como multiplicadores do evento país afora. Eis a grande razão deste artigo.

Afinal, o evento deveria ter muita repercussão, inclusive na grande mídia, de modo especial naquela televisiva com programas sensacionalistas que ajudam a coproduzir crimes horrendos. Sim, quem tem problemas comportamentais sérios e vê como age um assassino em série ou um maníaco sexual, por exemplo, com grande certeza, tenderá a imitá-lo para maior desgraça da sociedade.

Ora, ninguém, em sã consciência, quer isso. Ao contrário, deseja que existam mais pessoas para ajudar o próximo com boas iniciativas. Portanto, parabéns, soldado PM Melan, continue sua valorosa iniciativa! Que ela desperte muitos bons imitadores e colaboradores, dentro e fora da Polícia, de perto ou de longe, a fim de que tenhamos um Brasil mais humanizado, onde nunca haja “nós” e “eles”, mas, sim, uma só família de filhos(as) de Deus, que se ajudam, porque se amam mutuamente.

Vanderlei de Lima é eremita na Diocese de Amparo.

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