Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 25 Abril |
Aleteia logo
Atualidade
separateurCreated with Sketch.

Na volta às aulas, famílias fazem maratona para comprar livros

guy reading book

By Peshkova | Shutterstock

Agências de Notícias - publicado em 14/01/18

Agora na faculdade, o estudante carioca Ricardo Pereira de Carvalho, de 18 anos, resolveu vender os livros que usou no ensino médio pela internet. Em pouco tempo, conseguiu negociar o box com os exemplares de biologia para um estudante de Goiânia.

Ricardo conta que os pais dele já haviam adquirido os títulos de segunda mão em perfeito estado, o que resultou em uma economia de mais de 300 reais. Essa estratégia tem sido utilizada por muitas famílias para economizar no início do ano. Dono da livraria Academia do Saber, que comercializa livros usados no centro da cidade, Renato Correia Pereira, conta que a procura por livros didáticos é grande neste período.

A estratégia esbarra, no entanto, em um problema do qual reclama Renato e também outros livreiros que trabalham com venda e troca de usados: a constante atualização das edições, como reforça o livreiro Carlos Cardiano, da livraria O Acadêmico do Rio, uma das mais tradicionais do centro da cidade.

A diretora executiva da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares, a Abrelivros, Vera Cabral, rebate as críticas. Ela afirma que as atualizações acontecem em média a cada três anos, e são necessárias e consistentes.

Segundo Vera, há inclusive há projetos de lei tramitando no Congresso que querem uma atualização ainda mais constante, e que os materiais passem a ser majoritariamente digitais, o que, de acordo com ela, não é possível de ser feito hoje devido as condições das escolas e famílias em relação à digitalização.

Sobre o custo alto dos livros, a diretora da Abrelivros afirmou que não é possível tabelar os preços cobrados nas livrarias e que situações como o alto custo do papel, que subiu 25% no ano passado, interferem no preço final.

A gestora de atendimento do Procon do Estado do Rio, Evelyn Capucho, afirma que não há meios do ponto de vista da defesa do consumidor de interferir nesse mercado editorial, mas aponta alguns caminhos para as famílias que optem por livros de segunda mão com edições diferentes das pedidas nas listas escolares.

Ela acrescenta que no caso das compras de livros usados pela internet é muito importante que o comprador documente todo o processo. Por outro lado, os vendedores tem a obrigação de informar todas as características do material, como possíveis páginas faltando ou outros danos. A dica dos livreiros é que aqueles que desejem oferecer os livros aos sebos, o façam imediatamente após o término do ano para evitar que a edição fique desatualizada.

No caso dos estudantes de escolas públicas de educação básica, é obrigação do poder público oferecer os títulos por meio do Programa Nacional do Livro Didático, então, nenhuma escola pode exigir das famílias a compra de livros.

(Agência Brasil)

Tags:
Educação
Top 10
Ver mais
Boletim
Receba Aleteia todo dia