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Por que você não deve forçar seu adolescente mal-humorado a se abrir

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Calah Alexander - publicado em 25/01/18

Há uma coisa que os adolescentes precisam mais do que uma comunicação constante

Minha filha mais velha completou 12 anos e, como um relógio, entramos em uma nova fase de vida: a adolescência.

É uma palavra extravagante para o que começou a se manifestar, principalmente nos olhares tortos e batidas de portas, mas há algumas tardes de severo silêncio onde eu me encontro fazendo muitas perguntas para uma filha que aparentemente se transformou em uma parede de tijolos.

Este é um terreno novo para nós. Como eu, Sienna gosta de conversar. Também como eu, seu silêncio é uma maneira de comunicar algo… Eu simplesmente não consigo descobrir exatamente o que é isso, o que me enche de uma angústia semelhante ao pânico. E se eu estiver perdendo algo importante? E se eu fiz algo imperdoável? E se o seu silêncio for um grito de ajuda e não estou ajudando da forma certa?

Eu sei que é uma resposta bem superior ao mau humor adolescente, e é por isso que este artigo no New York Times,da psicóloga Lisa Damour sobre como lidar com a angústia adolescente, foi tão oportuno:

Há mais valor em oferecer um sensível e genérico suporte do que imaginamos. É difícil para os adolescentes manter a perspectiva o tempo todo. A velocidade do desenvolvimento adolescente às vezes faz com que os adolescentes percam o equilíbrio emocional e se preocupem que nunca mais se sentirão bem. Nós enviamos aos nossos adolescentes uma mensagem poderosa e reconfortante quando aceitamos e não ficamos alarmados com a incompreensível inquietação: posso suportar sua angústia e você também pode.

Eu não sou tão velha que não me lembro de quando era adolescente, incluindo toda a angústia que acompanhou essa fase. Meu pai batia silenciosamente na minha porta quando ele chegava do trabalho para me perguntar se tudo estava bem e se eu queria conversar – foi uma característica regular das minhas tardes por anos.

Às vezes eu lhe dizia o que estava me incomodando, às vezes eu não sabia. Não são realmente as conversas que eu me recordo, mas o fato de eu poder contar com ele perguntando. Eu sabia que ele se importava, e o conforto e a segurança do carinho do meu pai fizeram com que eu passasse por muitos momentos difíceis.

É verdade que os adolescentes psicologicamente saudáveis ​​superarão os altos e baixos da adolescência dentro de uma normalidade. Também é verdade que, como as crianças pequenas, os adolescentes precisam ter certeza do amor de seus pais, apesar dos seus afetos  frequentemente mal-humorados e grosseiros. Descobrir o que está causando o sofrimento não é sempre (ou muitas vezes) a coisa mais importante –, mas sim amá-los através disso.

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