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O reencontro feliz de um casal separado pelo tsunami na Indonésia

INDONESIA PALU / A woman with a suitcase makes her way along a destroyed road in Palu, Indonesia's Central Sulawesi on October 2, 2018, after an earthquake and tsunami hit the area on September 28. The bodies of dozens of students have been pulled from their landslide-swamped church in Sulawesi, officials said on October 2, as an international effort to help nearly 200,000 Indonesia quake-tsunami victims ground into gear. / AFP PHOTO / Jewel SAMAD

Jewel SAMAD I AFP

La catastrophe a frappé la localité de Palu, où vivent 350.000 habitants sur la côte occidentale des Célèbes.

Agências de Notícias - publicado em 02/10/18

"Estava tão feliz, tão emocionado. Graças a Deus consegui voltar a encontrá-la"

Foram dois dias de angústia, procurando nos necrotérios e hospitais, mas finalmente Azwan encontrou a esposa Dewi, que havia sido arrastada pelo tsunami na cidade indonésia de Palu.

Ou seja, uma quase segunda parte do filme “O impossível” (2012), que conta a trágica história real, mas com final feliz, de um casal e seus três filhos separados por um violento tsunami na Tailândia.

Azwan, de 38 anos, conta a história ao lado da esposa em uma pequena barraca instalada à margem de uma estrada. A emoção é visível e ele não consegue conter as lágrimas.

“Estava tão feliz, tão emocionado. Graças a Deus consegui voltar a encontrá-la”, disse à AFP. Como muitos indonésios, Azwan tem apenas um nome.

Palu, cidade de 350.000 habitantes na costa oeste da ilha Célebes, foi abalada na sexta-feira por um violento terremoto, seguido de um tsunami devastador.

Desde então reinam a desesperança e dor, com mais de 1.200 mortos, de acordo com o balanço mais recente. A história de Azwan e Dewi é uma exceção.

Dewi estava registrando os convidados que participariam em um festival em um hotel quando a terra tremeu. Uma hora depois a onda gigante atingiu a cidade.

“A onda me acertou com força. Quando retomei a consciência estava na rua, na frente do hotel. Lembro que ouvi as pessoas gritando ‘tsunami, tsunami'”, conta à AFP.

Ela caminhou pelas ruas repletas de escombros e passou a noite em um abrigo.

“Sem comida, sem água”, recorda. “Pediram que aguardássemos até que a situação fosse considerada segura, os tremores secundários não paravam”.

No outro lado da cidade, Azwan estava angustiado. Ele escapou da tragédia com a filha, mas não tinha nenhuma notícia da mulher.

Ele iniciou uma busca que durou quase dois dias, com visitas a necrotérios e hospitais lotados.

“Como não via minha mulher nos sacos (mortuários), retornei ao hospital e verifiquei no necrotério”, recorda Azwan. “Havia uma quantidade gigantesca de corpos. Estava tudo desordenado, uns por cima dos outros”.

No domingo, quando se preparava para aceitar a “vontade de Deus”, a esposa apareceu na casa da família, de moto.

“Quando desceu da moto foi uma euforia”, conta Azwan. “Todos choravam. Os parentes, chorando, a abraçaram”.

Dewi agradece a Deus pela “segunda chance”, mas ainda tem dificuldades para acreditar em tudo.

“Mesmo agora não consigo acreditar que estou vivia. Ainda estou traumatizada”, afirma.

Ao menos 1.234 pessoas morreram no terremoto e tsunami na ilha indonésia, de acordo com o balanço mais recente.

O Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) da ONU calcula que 191.000 pessoas precisam de ajuda humanitária de emergência, incluindo 46.000 crianças e 14.000 idosos.

(AFP)

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