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4 passos para tomar decisões mais inteligentes

WOMAN,HIKING

Jake Melara | CC0

Patricia Bailey - publicado em 13/11/18

Equilibre esses elementos para fazer melhores escolhas em sua carreira e em sua vida

Não seria ótimo se existisse um aplicativo que pudesse alertá-lo quando você está prestes a tomar uma decisão errada?

Eu definitivamente gostaria de uma luz vermelha piscando e uma sirene para me alertar. Ou, por outro lado, de uma luz verde com uma voz suave dizendo: “Ótima decisão!” – quando estou fazendo a escolha certa.

Escolher entre algo obviamente bom e algo obviamente ruim não é o problema. O que muitas vezes é mais difícil é escolher entre duas possibilidades que são moralmente evidentes, mas que podem ter consequências muito diferentes, o que geralmente acontece em decisões relacionadas à carreira.

Uma decisão pode abrir um mundo de novas habilidades, entusiasmo e crescimento… enquanto outra pode trazer estresse, tédio, problemas financeiros ou uma sensação de perda de tempo.

Tomar boas decisões é frequentemente uma questão de equilibrar muitas partes de nós mesmos e extrair intuições de cada parte. Deixe-me explicar com as quatro dicas concretas.

1. Equilibre sua mente e seu coração

Não é possível ver o que o futuro nos reserva, mas, às vezes, nossos corações têm um sensor embutido que nos diz se uma escolha específica se alinha aos desejos que carregamos em nosso coração.

Mas precisamos desenvolver nossa própria capacidade de ouvir nosso coração e mente. Isso é especialmente verdadeiro para as mulheres, já que algumas vezes esmagamos nossa intuição feminina em favor de argumentos mais “racionais”, que podem acabar sendo meras racionalizações baseadas em quem achamos que deveríamos ser, não quem realmente somos.

Ou, no lado oposto, o nômade dentro de nós pode jogar a cautela ao vento e seguir só o “coração”, o que significa seguir cegamente nossos sentimentos, embora o nosso eu mais racional estivesse dizendo: “Pare! Espere!”.

Ambas atitudes extremas são problemáticas; temos que aprender a andar na corda bamba entre a razão e o coração.

Então aqui está uma maneira de evitar os dois extremos: quando você tem uma decisão a tomar, coloque todos os prós e contras em um papel ou na tela do computador, onde você possa vê-los. Às vezes, nossos pensamentos se tornam claros para nós apenas quando os colocamos por escrito e distribuímos prós e contras em duas colunas.

Não note apenas se você tem mais razões em uma coluna ou na outra. Preste também atenção ao peso relativo de cada motivo. Os prós são mais superficiais e leves, enquanto os contras são pesados ​​e trazem mais consequências? Isso é algo para levar em conta. Os prós são principalmente de curto prazo, enquanto os potenciais contras são de longo prazo? Outra bandeira vermelha.

Use sua lista como uma ferramenta para pensar em suas opções de maneira mais desapaixonada, mas também não desligue seu coração. Ao examinar a lista, preste atenção em como você se sente ao considerar cuidadosamente a opção A. Isso faz o seu coração se sentir mais cheio, mais vivo, mais entusiasmado? Ou isso deixa você com um frio e pesado senso de obrigação, mas sem alegria? Esta também é uma entrada valiosa e não deve ser deixada de fora.

Gretchen Rubins, autora de The Happiness Project, diz que às vezes se pergunta: “Essa opção leva a uma vida maior?”, como forma de esclarecer seus próprios desejos de uma vida plena, feliz e conectada. Essa pergunta também é uma boa maneira de identificar motivações que podem estar mais enraizadas no medo ou na preguiça, que não são bons guias para a felicidade a longo prazo.

2. Equilibre os conselhos dos outros com sua própria visão

É bom perguntar a outras pessoas por suas percepções, especialmente se elas te conhecem bem, estão familiarizadas com as circunstâncias e têm sabedoria e discernimento para compartilhar. Mas aqui também temos que encontrar nosso caminho entre dois extremos.

Ao tomar decisões, podemos desconfiar de nosso próprio senso inato do que é melhor para nós e acabar usando demais as opiniões de outras pessoas, pensando que elas sabem melhor do que nós. Não se engane dessa maneira – você não é tola e é capaz de tomar boas decisões. Você pode ouvir e confiar em seu próprio coração e mente (você pode confiar ainda mais se você fizer suas listas!).

Ou talvez nós vamos para o extremo oposto ao ignorar as advertências de bons amigos – apenas para descobrir depois que eles estavam certos o tempo todo. Se todos os seus amigos e familiares estão dizendo que sua ideia de se juntar ao circo aos 52 anos não é uma ótima ideia, então isso é algo a ser considerado.

Então, precisamos ouvir a opinião dos outros, mas avaliá-la com sabedoria, e sempre compará-la com o que nosso coração e nossa mente estão nos dizendo.

3. Equilibre a fé com praticidade

Mesmo no dia-a-dia, em decisões aparentemente não-transcendentes sobre o nosso trabalho ou a nossa carreira, nós podemos e devemos nos abrir para a orientação de Deus.

Às vezes, nunca oramos sobre esse tipo de decisão, porque achamos que tudo depende de nós, e tentamos ir sozinhos sem nunca oferecer a Deus uma chance de falar naquela voz calma do coração. Podemos esquecer, ou pensar que é irrelevante ou muito prático para Deus se importar, mas isso não é verdade. Todos os nossos fios de cabelo estão contados – confie em mim, Ele se importa. Então, se nós sabemos que temos Alguém com infinita sabedoria e amor ao nosso lado e não pedimos ajuda e discernimento, isso seria simplesmente… burrice. Pergunte a Ele!

Ou talvez oremos diligentemente por orientação, mas então nunca agimos porque nunca ouvimos uma voz estrondosa do céu nos dizendo exatamente o que devemos fazer, ou um versículo bíblico que simplesmente pulou da página e falou exatamente o que precisávamos. Podemos acabar paralisados na análise da nossa vida de oração e acabamos adiando por tanto tempo que a oportunidade passa por nós. Bem, às vezes as respostas não são claras. Então, aqui também precisamos abrir nossos processos de pensamento para Deus, mas também assumir a responsabilidade por nossas próprias escolhas quando chegar a hora.

Muitas vezes, Deus irá falar quando oramos por orientação, mas será no silêncio do nosso coração. Ele irá vestir sua orientação na forma de alegria e paz quando considerarmos uma opção versus a outra. Santo Inácio falou em receber sentimentos de “consolação” (alegria e paz) como confirmação de uma decisão que ele estava pensando em fazer. Você também pode experimentar o mesmo sentimento e prestar atenção nele.

4. Aceite que a vida é uma jornada

Mais uma coisa: você cometerá erros e nem todas as decisões levarão a resultados impressionantes. Às vezes estamos simplesmente errados. Nós queimamos a largada e perdemos dinheiro em uma decisão estúpida, ou hesitamos quando uma grande oferta vem em nossa direção… Isso acontece com todos. Como uma letra de música diz: “Eu sou jovem e burro e velho e esperto ao mesmo tempo”.

Ter fé não significa que nunca cometeremos erros. Mas isso significa que Deus estará caminhando conosco através de tudo, e trará o bem de todos os nossos erros. Se você orar, mas não tiver absoluta clareza, talvez você só precise fazer o melhor que puder e continuar confiando a caminhada diária até Ele. Deus sabe que não podemos ver depois da esquina, mas é por isso que ele está sempre lá para segurar nossa mão em nosso caminho.

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