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Angola: missionários recordam padre sequestrado há dez meses no Níger

NIGERIA MASS

Adekunle Ajayi I NurPhoto

Fundação AIS - publicado em 28/07/19

8 homens armados que se faziam transportar em motocicletas raptaram o padre italiano Pier Luigi
O Padre Pier Luigi Maccalli, sequestrado no Níger há cerca de dez meses, foi recordado em Angola pelo novo Provincial da Sociedade Africana das Missões (SMA), Padre Ceferino Cainelli.

Na ocasião, o Padre Ceferino evocou também o sofrimento por que está a passar o Padre Walter Maccalli, irmão do sacerdote sequestrado, que durante cerca de 14 anos foi missionário neste país africano de língua portuguesa.

“Os dois irmãos Maccalli são ‘missionários do fundo do coração’, disse o Padre Ceferino Cainelli, acrescentando que ambos “trazem a missão tanto no coração como no sangue”. “Por isso, quando falamos do sequestro de irmão Gigi (como o Padre Pier Luiugi é conhecido) significa estarmos unidos também de uma maneira muito especial ao padre Walter e à sua família”.

O responsável provincial da Sociedade Africana das Missões em Angola referiu em especial as paróquias de Kikolo e Panguila, situadas na diocese de Caxito, onde “as pessoas continuam a rezar pela rápida libertação” do Padre Pier Luigi Maccalli.

Ceferino Cainelli afirmou ainda que o povo angolano “sofre” com a ausência do padre Maccalli e “espera com fé” o seu regresso. “As pessoas mostram a sua proximidade, muitas vezes perguntam-nos se temos alguma novidade e mostram o seu apoio de forma discreta e caridosa.”

O sofrimento do Padre Walter Maccalli durante estes dez meses de sequestro do seu irmão foi testemunhado também à Fundação AIS, no passado mês de Abril, por uma missionária portuguesa presente na Libéria.

Alexandra Almeida, uma missionária leiga oriunda da paróquia de Famões, Patriarcado de Lisboa, está actualmente em Foya, na Libéria, e tem contactado com regularidade com o padre Walter colocado nesta região precisamente quando o seu irmão foi raptado, ao que tudo indica, por um comando jihadista.

Numa mensagem enviada para Lisboa, para a Fundação AIS, Alexandra afirma que o padre Walter “tinha sido nomeado para a Libéria quando o seu irmão foi raptado a 17 de Setembro”. Apesar do sequestro “e para surpresa de todos, ainda assim, decide partir para Foya” para “estar ao serviço” das populações locais, “celebrando, ajudando e cuidando daqueles que mais precisam”. “Só assim é que faz sentido”, acrescenta Alexandra Almeida.

Desde 17 de Setembro, quando oito homens armados que se faziam transportar em motocicletas raptaram o padre italiano Pier Luigi de sua casa em Bamoanga, mesmo em frente à igreja local, no Níger, nunca mais houve notícias do sacerdote.

Este tempo todo de espera sem notícias concretas tem sido terrível para o Padre Walter. Segundo a missionária portuguesa, “é uma preocupação constante no seu coração, é uma ferida que está aberta, mas vivida com fé e esperança, com o coração sempre em Deus”. Alexandra diz mesmo que nestes meses de silêncio “o único refúgio” do irmão do padre Pier Luigi tem sido “a oração”.

Na mensagem áudio que enviou para a Fundação AIS em Lisboa, a missionária de Famões, ao serviço da Igreja Católica pela Fraternidade de Leigos Missionários, afirma ainda que por ali todos os dias se acalenta a esperança de uma boa notícia, de que o irmão do Padre Walter Maccalli vai ser libertado. “Quando chega o final do dia rezamos e esperamos… talvez amanhã! E com a graça de Deus e a oração de tantos, esse dia, acreditamos, vai chegar…”

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

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