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Por que o homeschooling é (surpreendentemente) fácil, agradável e gratificante

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Sarah Robsdotter - publicado em 05/09/19

Bem... na maior parte do tempo

Embora eu reconheça que o tipo de educação que realizamos em nossa família não seja o melhor do mundo, eu tenho tido tanta satisfação em educar os meus filhos em casa (homeschooling) nos últimos anos que me sinto obrigada a falar sobre isso.

Portanto, se você tem curiosidade sobre o homeschooling – especialmente de pré-adolescentes e adolescentes –, veja o meu testemunho.

E quando chegar no ensino médio?

Essa é uma pergunta que tenho respondido desde que meus filhos eram pequenos. A pessoa que perguntava sempre ficava frustrada, como se estivéssemos discutindo sobre alienígenas. Um dia um professor de ciências me desafiou a explicar como eu conseguiria ter um laboratório de química em casa.

“Hmmm…”, eu ri nervosamente, “Hmmm …”

Mas vamos lá. Embora eu e meu marido queríamos inicialmente um ambiente escolar formal, nossa área rural oferecia opções muito limitadas. Além disso, assim que mergulhamos os pés no mundo da educação em casa, ficamos surpresos com o que descobrimos – recursos acadêmicos abundantes e crianças excepcionalmente bem educadas.

No que diz respeito à chegada ao ensino médio, eu diria que o alcançamos com confiança, seguros nos braços da Divina Providência.

Não passa um dia em que eu não admire tudo o que está disponível para os meus filhos, academicamente e socialmente, a baixo ou nenhum custo para nós (e vivemos no meio do nada). Veja como está a programação deste ano para minha 8ª e 10ª séries:

– Acorde às 8h da manhã (em vez das 6h30 para pegar o ônibus). Estudos comprovam que os pré-adolescentes e adolescentes não têm dormido o suficiente e isso está afetando negativamente os estudos. Meus filhos dormem um total de 9 a 10 horas por noite e realmente parecem precisar de cada segundo desse tempo. Claro que essa liberdade pode ser fácil de abusar, mas não deixamos isso acontecer em casa.

– Instrução acadêmica das 9h às 14h. Matemática Online. História/Geografia online ao vivo. Eu leciono literatura e ciências com livros didáticos ​​e fazemos testes na cidade e online para garantir que estamos estudando bem tudo o que eles precisam saber.

Parece assustador, mas não é – gasta-se pouco tempo com os testes (meus filhos nunca ficaram abaixo da nota 9 no teste estadual no fim de cada ano, por isso conseguimos mensurar e estamos confiantes de que eles estão conseguindo o que precisam.)

– As tardes são livres para aulas de violino, piano e esportes (na escola local). Meus meninos planejam conseguir empregos de meio período em uma estação de rafting que dá oportunidades para adolescentes que estudam em casa.

Nossa meta para o próximo ano é iniciar os créditos na faculdade comunitária. Embora possa parecer impressionante ter um adolescente de 16 anos na faculdade, meu filho começará com Álgebra Avançada e usará o mesmo livro que a escola local está usando para Álgebra II – e ele receberá os créditos da faculdade pelo mesmo trabalho.

Já as aulas no laboratório de química, algo que me deixava preocupada, serão realizadas em um intensivo que tomará alguns finais de semana. Esses mergulhos em um ambiente acadêmico formal levantam a questão: “Por que não apenas matriculá-los na escola?”

Minha resposta: simplesmente não precisamos disso neste momento. Dito isto, eu respeito os professores trabalhadores da nossa comunidade e reconheço o papel do sistema escolar público. Mas, da maneira como fazemos as coisas, meus filhos terminam o ensino acadêmico às 14h (todas as lições cumpridas, e eles ainda leem muito por diversão).

Eles têm tempo para explorar a natureza e alimentar seus interesses, como aprender música e carpintaria. Eles são fascinados pela vida e pelo aprendizado e têm muitos amigos.

Embora eu não seja socióloga, tenho uma forte suspeita de que a razão pela qual esses meninos não sofrem das atitudes típicas de adolescentes como “isso é chato” ou “ninguém me entende” é porque eles nunca estiveram em um ambiente que tenha promovido essas atitudes; eles passam a maior parte do tempo junto à família, num ambiente que adotou a atitude de constante aprendizado ao longo da vida.

Claro, meus meninos socializam bastante com os outros da idade deles e participam de atividades locais.

O paradigma da educação em casa é perfeito? Claro que não. O chão da minha cozinha é uma prova disso. Você pode encontrar perdidos por lá uma meia de bebê e alguma tarefa de matemática.

Alguns dias eu sonho com mandar meus filhos para a escola só para poder tirar uma folga de ter de preparar as refeições. E justamente essa é a minha única reclamação sobre a educação em casa: ter de preparar as refeições

No entanto, em casa nós decidimos usar o dinheiro economizado com restaurantes e uniformes escolares em viagens.

Em suma, ao meu ver, existem maneiras de superar as dificuldades; o esforço vale a pena e os pontos positivos superam os negativos.

Mas o que há de mais bacana em os adolescentes estudarem em casa? É tudo muito interessante! Eles são interessantes. Suas lições acadêmicas também são interessantes.

Gandhi disse uma vez: não existe escola igual a um lar decente, e nenhum professor igual a pais virtuosos.

Eu concordo totalmente.

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