Com mais de duas mil vítimas mortais desde Agosto do ano passado, o surto de Ébola que está a atingir a República Democrática do Congo é um sinal inquietante da situação de enorme crise humanitária que se vive neste país, especialmente na região do Kivu Norte.
António Guterres, secretário-geral da ONU fez questão de visitar este país na semana passada mostrando a sua solidariedade perante o povo e as autoridades do país.
A actual epidemia de Ébola está a revelar-se das mais graves que já atingiram o continente africano, sendo que o surto mais grave ocorreu em Dezembro de 2013 na Guiné, Serra Leoa e Libéria, com cerca de 30 mil casos registados e mais de 11 mil mortos.
Ainda na semana passada o Vatican News dava eco das preocupações de Edouard Beigbeder, representante da UNICEF no país. Segundo este responsável, “quase 600 crianças perderam a vida devido à epidemia do Ébola” desde Agosto de 2018.
“A notícia de que o número total de mortes supera os 2 mil, em mais de 3 mil casos de infecções, deve ser um grito de alarme para todos nós intensificarmos nossos esforços para derrotar esta terrível doença e acabar com esta epidemia”, acrescentou ainda Beigbeder.
Além da grave questão sanitária, a República Democrática do Congo está a braços também com sérios problemas de segurança.
António Guterres sublinhou-o também na sua visita a este país. “Trata-se de uma visita de solidariedade com o povo congolês e com as forças armadas da República Democrática do Congo na luta contra o terrorismo, que é uma ameaça para África e para o mundo inteiro”, explicou o secretário-geral da ONU.
Guterres disse ainda que as Nações Unidas apoiam as forças congolesas no combate aos grupos armados e na “pronta resposta” às necessidades de segurança na região. “Espero que a minha presença aqui reafirme o meu apoio total à Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, na luta contra os grupos armados que espalham medo e morte.”
(Departamento de Informação da Fundação AIS)