O adultério tem uma consequência gravíssima na vida pessoal, porque ela se divideDando continuidade ao sexto Mandamento da Lei de Deus, “não cometerás adultério” (Êxodo 20, 14), lembremos que este enfatiza também a pureza, ou seja, a vida em castidade. A luxúria, um dos Sete Pecados Capitais, é uma das ofensas a esta Lei. Falo do desejo desregrado do prazer venéreo, ou seja, quando o prazer sexual é pelo próprio e único sentido do prazer, sem qualquer outra finalidade.
A castidade também é ofendida através da pornografia, sejam nos filmes
ou no meretrício. Significa e consiste em retirar os atos sexuais e exibi-los de
maneira deliberada. É um erro, porque desfigura o ato conjugal, o momento de
doação, de entrega e fere a dignidade da pessoa.
Lembremos que Cristo condena o adultério, assim como os profetas. O adultério é uma injustiça, uma falta grave com os compromissos e fere o sinal da aliança, que é o vínculo do matrimônio.
O adúltero lesa, fere e denigre a imagem do cônjuge. Quando uma mulher
trai, ela fere a dignidade do marido. Da mesma forma, quando o esposo trai,
ele desfigura a esposa. São atitudes irreparáveis, porque prejudicam e
quebram a aliança. É uma violência que se comete entre duas pessoas que se
supunham “ser uma só carne”.
O adultério tem uma consequência gravíssima na vida pessoal, porque
ela se divide. Divide seu coração, seu afeto e quase sempre um coração
dividido no amor, divide no trabalho, nas relações e acaba em nada.
O adultério machuca profundamente os filhos e destrói a base da confiança familiar. Há quem diga: o que os olhos não veem o coração não sente. Sente! Sente quem foi traído e o que é pior: marca com uma “cicatriz” para sempre no coração dos filhos.
Nos dias de hoje, com os divórcios permitidos pela sociedade, mesmo
não sendo o ideal da vida de um casal, o que percebo é que existem dois
erros. O primeiro é achar que estando no segundo matrimônio, o casal já
estaria excomungado e exposto ao inferno. Sendo assim, levam do jeito que
der, mesmo pelo fato de não poderem confessar e comungar, ou seja, se der
certo está bom, se não der, tudo bem.
Lembremos que as pessoas que não tiveram felicidade no primeiro
casamento não se encontrarão no segundo, no terceiro, no quarto ou no quinto
se levarem uma vida sem seriedade e, infelizmente, tenho visto isto com muita
frequência.
O segundo pensamento: tudo é permitido, tudo está certo, ou seja, a
misericórdia de Deus cobre tudo. Tanto um como outro são equivocados. Duas
visões que são erradas. Se não deu certo no primeiro, se esforce no segundo.
Lembrem-se: fidelidade e respeito sempre. Caso contrário, passarão uma vida
inteira sem se encontrar na vida afetiva e emocional.
Por isso, falo também para aqueles que estão no segundo casamento:
procurem ter uma vida na presença de Deus. Não se afaste da presença de Deus. Lembremos que a reta conduta e a caridade cobrem uma multidão de
pecados.
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Sexualidade, castidade e o 6.º Mandamento