Pio XII foi vítima de uma ampla campanha de calúnias que o acusou de ser cúmplice do regime nazista e de nada ter feito em favor do povo judeuFoi liberado nesta segunda-feira, 2 de março, o acesso público a todos os documentos dos Arquivos Apostólicos do Vaticano e de outros arquivos da Cúria Romana a respeito do pontificado de Pio XII.
Dom Paul Richard Gallagher, secretário vaticano para as Relações com os Estados, declarou que os arquivos agora abertos ao público mostrarão “o ódio do nazismo pela Igreja Católica e pelo próprio Papa”, comprovando assim os muitos desmentidos que têm sido feitos por pesquisadores sérios ao longo das últimas décadas diante das acusações caluniosas contra Pio XII.
Pio XII foi vítima de uma ampla campanha de calúnias que o acusou de ser cúmplice do regime nazista e de nada ter feito em favor dos judeus deportados e exterminados em campos de concentração.
Dom Gallagher enfatizou sobre as provas documentais:
“[A imagem de Pio XII] se manifesta em toda a sua grandiosidade, como defensor da humanidade e como autêntico pastor universal. Como Papa, ele demonstrou uma caridade ilimitada, nem sempre compreendida e nem mesmo compartilhada dentro dos muros vaticanos. Os documentos evidenciam os esforços feitos para responder aos pedidos de ajuda em favor dos perseguidos e dos necessitados em perigo de vida”.
Os pesquisadores interessados poderão encontrar nos Arquivos Vaticanos farta documentação sobre relações diplomáticas, tratados, ratificações, obras humanitárias e de assistência, relatórios sobre situações político-religiosas, questões acadêmicas, assuntos do Estado do Vaticano, entre outros tópicos.
De um total de 2 milhões de documentos, mais de 1 milhão já foi digitalizado, incluindo os primeiros dez anos do pontificado de Pio XII, de 1939 a 1948. Os arquivos de 1948 a 1958 ainda estão sendo digitalizados.
Além de garantir mais segurança à conservação desses documentos, a digitalização facilitará a sua consulta por um número muito maior de pesquisadores. A abertura pública de mais esta leva de documentos vaticanos foi possibilitada graças a 14 anos de trabalho que envolveram o Arquivo Apostólico Vaticano, o Arquivo Histórico da Seção de Relações com os Estados da Secretaria de Estado e o Arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé.
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