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Qual foi o papel de Maria entre os apóstolos?

Maria e os Apóstolos

Renata Sedmakova | Shutterstock

Maria e os Apóstolos

Philip Kosloski - publicado em 11/05/20

Maria era muito respeitada pelos apóstolos, contribuindo com o que podia para a Igreja primitiva

A bem-aventurada Virgem Maria, sendo mãe do Messias, Jesus Cristo, desempenhou um papel vital nos eventos que mudariam o mundo. Ela O deu à luz, criou-O e estava lá com Ele aos pés da cruz.

Após a morte e ressurreição de Jesus, pouco é registrado no Novo Testamento sobre as atividades de Maria. Enquanto Jesus confiou aos apóstolos o dever de evangelizar o mundo, o que Maria fez? Será que ela esteve envolvida nos primeiros dias da Igreja?

O Novo Testamento nos dá algumas pistas sobre o papel de Maria entre os apóstolos.

Antes de tudo, Jesus confiou sua mãe ao apóstolo São João, o discípulo “amado”. É geralmente aceito que, na época da morte de Jesus, seu pai adotivo José já havia falecido, deixando Jesus como o membro da família principalmente encarregado de sua mãe.

Quando estava prestes a morrer na cruz, Jesus nomeou João para cuidar dela.

Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. (João 19, 26-27)

Inicialmente, parece que João cuidou dela em Jerusalém, como é mencionado no livro de Atos.

Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado. Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: Pedro e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago. Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele.

Assim, vemos que Maria esteve claramente presente entre os apóstolos nos primeiros dias da Igreja e juntou-se a eles em oração. A presença dela provavelmente era muito pacífica e ajudou a incentivar os apóstolos em sua missão.

Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. (Atos 2, 1-3)

Embora não seja mencionado explicitamente, acredita-se que Maria estava lá no Pentecostes entre os apóstolos, testemunhando a descida do Espírito Santo sobre todos os presentes.

Depois disso, as atividades de Maria não são mencionadas no Novo Testamento e o que aconteceu a seguir não é conhecido com exatidão.

Uma tradição coloca São João Evangelista na cidade de Éfeso. Muitos acreditam que, como João morava nessa cidade, a Virgem Maria morava com ele e sua assunção ocorreu lá. É possível, então, que Maria tenha passado o resto de sua vida em oração tranquila e contemplativa.

Outra tradição afirma que São Lucas entrevistou Maria para seu Evangelho. Ele afirma que entrevistou pessoas para o seu relato, mas não menciona Maria pelo nome (cf. Lucas 1, 1-3). Uma evidência de que isso pode ter sido verdade é que o Evangelho de Lucas tem muitas referências a Maria, incluindo histórias que apenas seriam conhecidas por ela.

Afinal, sabemos pouco sobre o papel de Maria entre os apóstolos, mas sabemos que ela estava lá e, sendo a mãe do Messias, provavelmente tinha um lugar privilegiado. Não é sem mérito que a Igreja agora invoque Maria como “Rainha dos Apóstolos”.

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