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Os 8 passos para o discernimento espiritual, segundo o Papa Francisco

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Kathleen Hattrup - publicado em 08/07/20

Assim como sabemos distinguir uma língua da outra, também podemos distinguir a voz de Deus da voz do maligno. Para isso, podemos fazer estas oito perguntas

Ser capaz de distinguir o certo do errado não é apenas uma questão de consciência moral, mas também de crescimento espiritual. Na verdade, o discernimento é um dos pilares da espiritualidade inaciana clássica.

No quarto domingo da Páscoa de 2020, o próprio Papa Francisco, um jesuíta, deu uma breve lição sobre discernimento em oito etapas relativamente fáceis. Aqui, adaptamos e compartilhamos com você os trechos mais importantes da catequese de Francisco.

O pontífice lembrou que o Evangelho diz: “as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem” (João 10,3). Isso quer dizer que o Senhor nos chama pelo nome, nos chama porque nos ama. Mas o Evangelho também nos diz que há outras vozes que não podem ser seguidas: as de estranhos, ladrões e bandidos que causam danos às ovelhas.

Essas diferentes vozes ressoam dentro de nós. Há a voz de Deus, que fala gentilmente com a consciência, e há a voz tentadora que leva ao mal. Mas como podemos reconhecer a voz do bom pastor e não a do ladrão? Como podemos distinguir a inspiração de Deus da sugestão do maligno?

Essas vozes têm maneiras diferentes de bater à porta dos nossos corações. Elas falam línguas diferentes. Assim como sabemos distinguir uma língua da outra, também podemos distinguir a voz de Deus da voz do maligno. Para isso, podemos fazer estas oito perguntas:

1Essa voz me deixa livre?

A voz de Deus nunca nos força; Deus se propõe, ele não se impõe. Em vez disso, a voz do mal seduz, assalta, força; desperta ilusões deslumbrantes, emoções tentadoras, mas transitórias.

2Estou sendo bajulado?

A princípio, a voz do mal nos faz acreditar que somos todo-poderosos, mas depois nos deixa vazios por dentro e nos acusa: “Você não vale nada”. A voz de Deus, em vez disso, nos corrige com muita paciência, mas sempre nos encoraja, nos consola, sempre nutre a esperança.

3Estou conseguindo olhar para a frente?

A voz de Deus é uma voz que tem um horizonte, enquanto a voz do mal leva você a um muro, ela o leva a um canto.

4Estou pensando no momento presente?

Outra diferença: a voz do inimigo nos distrai do presente e quer que nos concentremos nos medos do futuro ou na tristeza em relação ao passado – o inimigo não quer o presente, ele traz à tona a amargura, as lembranças dos erros sofridos, aqueles que nos machucaram, muitas lembranças ruins. Em vez disso, a voz de Deus fala sobre o presente: “Agora você pode fazer o bem, agora pode exercitar a criatividade do amor, agora pode renunciar aos arrependimentos e remorsos que mantêm seu coração cativo”.

5É sobre o meu ego?

Novamente: as duas vozes levantam questões diferentes em nós. O que vem de Deus será: “O que é bom para mim?” Em vez disso, o tentador insistirá em outra pergunta: “O que sinto vontade de fazer?”. A voz do mal sempre gira em torno do ego, seus impulsos, suas necessidades. É como as birras de uma criança. A voz de Deus nunca promete alegria a um preço baixo; convida-nos a ir além do ego para encontrar o verdadeiro bem: a paz.

6E depois que esta voz me deixar?

Lembremos: o mal nunca nos dá paz, causa frenesi primeiro e deixa amargura depois. Este é o estilo do mal.

7Trevas ou luz?

A voz de Deus e a do tentador, finalmente, falam em diferentes “ambientes”: o inimigo prefere trevas, falsidades e fofocas; o Senhor ama a luz do sol, a verdade e a transparência sincera.

8Estou sendo levado à verdadeira confiança?

O inimigo nos dirá: “Feche-se de si mesmo, ninguém entende ou escuta você, não confie em ninguém!” A bondade, pelo contrário, nos convida a nos abrir, a sermos claros e confiantes em Deus e nos outros.


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Tags:
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