Médicos das almas, os sacerdotes estão na linha de frente desta cruel batalha contra o coronavírus; centenas deles morreram infectados
Ficou mundialmente conhecido o caso do padre de 95 anos que, momentos antes de partir, no dia de São José, levantou suas mãos com os punhos fechados (em sinal de celebração e vitória) e disse: “Nos vemos no Paraíso”. Ele nos deixou a seguinte mensagem: “Não tenham medo, estamos todos nas mãos de Deus”.
Outros três sacerdotes missionários claretianos, amigos meus e muito queridos em suas paróquias, testaram positivo para a Covid-19. Eles publicaram uma nota dizendo que seus quadros são estáveis.
Tudo isso que estamos vivendo me faz pensar e refletir muito sobre os sacerdotes. O que lhes devemos por seus trabalhos é impagável. Sem sacerdotes não há Eucaristia, não há quem administre os sacramentos, perdoe os nossos pecados ou console os enfermos com o viático para a vida eterna.
Um sacerdote não é como nós, eles possuem algo diferente, sagrado. O Catecismo nos diz:
“É o mesmo Sacerdote, Jesus Cristo, de quem realmente o ministro faz as vezes. Se realmente o ministro é assimilado ao Sumo-Sacerdote, em virtude da consagração sacerdotal que recebeu, goza do direito de agir pelo poder do próprio Cristo que representa ‘virtute ac persona ipsius Christi'” (Catecismo da Igreja Católica, 1548).
Antes, quando era permitido, eu gostava de brincar com os sacerdotes, dizendo-lhes: “Permita-me dar-lhe um abraço? Um abraço no Cristo que vive em você…”
Foi dos sacerdotes que recebi os melhores conselhos para a minha vida espiritual. Um padre deixa tudo para seguir Cristo, investe sua vida por algo maior – e nestes momentos precisam de nós e de nossas orações.
Posso contar com você para rezar por eles?
Leia também:
Coronavírus: padre morre ao abrir mão de respirador em favor de pessoa mais jovem