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Incêndios na Amazônia brasileira disparam em julho

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Agências de Notícias - publicado em 02/08/20

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 6.803 incêndios na região amazônica em julho de 2020, em comparação com 5.318 no ano anterior

A ocorrência de incêndios florestais na Amazônia brasileira no mês passado aumentou 28% em relação a julho de 2019, mostraram dados de satélite neste sábado (1), aumentando os temores de que a maior floresta tropical do mundo seja novamente devastada por incêndios este ano.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 6.803 incêndios na região amazônica em julho de 2020, em comparação com 5.318 no ano anterior.

O número é ainda mais preocupante, já que 2019 já foi um ano devastador em relação aos incêndios na Amazônia, provocando protestos internacionais.

Isso pressionou o Brasil, que abriga cerca de 60% da Amazônia, a fazer mais para proteger a floresta, considerada vital para conter o impacto das mudanças climáticas.

Com frequência, queimadas são usadas ilegalmente para limpar terras para agricultura, pecuária e mineração.

O presidente Bolsonaro enviou o Exército para combater as queimadas e declarou uma moratória para a prática.

Os incêndios aumentaram 77% em terras indígenas e 50% em reservas protegidas desde julho de 2019, informou o grupo ambientalista Greenpeace, demonstrando como as atividades ilegais estão invadindo estas áreas.

Somente em 30 de julho, os satélites detectaram 1.007 incêndios na Amazônia, informou o Inpe.

Esse é o número mais alto registrado em um mês de julho desde 2005, segundo o grupo ambientalista Greenpeace.

A temporada de incêndios na Amazônia costuma ocorrer entre junho e outubro.

Mas as chamas são apenas parte do problema do desmatamento.

No resto do ano, fazendeiros, garimpeiros e grileiros derrubam a vegetação e se preparam para queimá-la.

Os seis primeiros meses de 2020 foram os piores nos registros de desmatamento na Amazônia brasileira, com 3.069 km2 – uma área maior do que o território de Luxemburgo – segundo dados do INPE.

Se uma parte significativa desta vegetação queimar em 2020, o resultado poderá ser catastrófico, alertam especialistas.

Em agosto do ano passado, os incêndios dispararam quase 200% com relação a agosto do ano anterior, a 30.900, provocando uma espessa nuvem negra que chegou a São Paulo, a milhares de quilômetros de distância, e provocando um alarme global.

O número de incêndios caiu desde então, sob escrutínio e pressão crescentes – inclusive de empresas e investidores preocupados com o impacto sobre a imagem do Brasil.

Para piorar a situação deste ano, especialistas afirmam que a fumaça resultante dos incêndios produzirá um pico de emergências respiratórias em uma região já duramente castigada pela pandemia do novo coronavírus.

O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela COVID-19 (atrás apenas dos Estados Unidos), com mais de 2,6 milhões de contágios e 92 mil mortes.

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