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João Paulo II declarou apenas um santo como Doutor da Igreja

Santa Teresa de Lisieux

MYCHELE DANIAU | AFP

Santa Teresa de Lisieux (Santa Teresinha do Menino Jesus)

Philip Kosloski - publicado em 01/10/20

Durante seu pontificado de 26 anos, Santa Teresinha de Lisieux foi a única santa que João Paulo II elevou a uma das maiores honras da Igreja

Além de canonizar vários homens e mulheres, os papas também concederam a determinados santos o título de “Doutor da Igreja”. Esse costume começou no século 13, quando os papas começaram a selecionar santos específicos que eram professores exemplares em vários tópicos teológicos ou espirituais. Esses santos homens e mulheres receberam o título oficial de Doutor, que deriva da raiz latina docere, que significa “ensinar”.

No entanto, desde o século 13, apenas 36 santos receberam este título! É um título raro, que não é dado de qualquer forma.

Apesar de São João Paulo II canonizar cerca de 482 santos em seus 26 anos de pontificado, ele declarou apenas uma santa como Doutora da Igreja.

Pequena flor

E essa foi Santa Teresinha de Lisieux, mais conhecida como a “Pequena Flor”. A escolha foi fascinante, pois ela não era teóloga e teve uma educação precária. Ela é a mais jovem doutora da Igreja; morreu aos 24 anos.

Apesar disso, João Paulo II acreditava que ela era uma sábia, como ele relata em sua carta apostólica Divini Amoris Scientia.

Durante a sua vida, Teresa descobriu «luzes novas, significados ocultos e misteriosos» e recebeu do Mestre divino aquela «ciência do amor», que depois manifestou com particular originalidade nos seus escritos. Essa ciência é a expressão luminosa do seu conhecimento do mistério do Reino e da sua experiência pessoal da graça. Esta pode ser considerada como um particular carisma de sabedoria evangélica que Teresa, como outros Santos e Mestres da fé, hauriu na oração.

Testemunho da fé

Não é comum a Igreja citar essa “ciência do amor”, e ela se destaca de outros doutores por seu ensino sobre a vida espiritual.

Nos escritos de Teresa de Lisieux não encontramos talvez, como noutros Doutores, uma apresentação cientificamente elaborada das coisas de Deus, mas podemos vislumbrar um esclarecido testemunho da fé que, enquanto acolhe com amor confiante a condescendência misericordiosa de Deus e a salvação em Cristo, revela o mistério e a santidade da Igreja. Com razão, portanto, pode-se reconhecer na Santa de Lisieux o carisma de Doutora da Igreja, quer pelo dom do Espírito Santo que ela recebeu para viver e exprimir a sua experiência de fé, quer pela particular inteligência do mistério de Cristo. Nela convergem os dons da lei nova, isto é, a graça do Espírito Santo que Se manifesta na fé viva operante por meio da caridade.

História de uma alma

Ele também acreditava que Teresa, por meio de sua autobiográfica “História de uma alma”, tinha uma capacidade extraordinária de falar às pessoas do mundo moderno, tanto cristãos quanto não-cristãos.

Teresa do Menino Jesus é não só a mais jovem Doutora da Igreja, mas também a mais próxima de nós no tempo, como que a sublinhar a continuidade com que o Espírito do Senhor envia à Igreja os seus mensageiros, homens e mulheres, como mestres e testemunhas da fé (…) Teresa é Mestra para o nosso tempo, sedento de palavras vivas e essenciais, de testemunhos heróicos e críveis. Por isso ela é amada e acolhida também por irmãos e irmãs das outras Comunidades cristãs e até por quem nem sequer é cristão.

João Paulo II deixou claro que se o mundo moderno precisa de uma santa, esta é Santa Teresinha do Menino Jesus. Se você não a conhece, leia sua autobiografia inovadora, “História de uma alma”.


LISIEUX

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THERESE

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