O cardeal foi condenado por abusos sexuais e inocentado por unanimidade após mais de um ano de cadeia
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Cardeal preso injustamente escreveu diário de 1000 páginas na prisão: trata-se do cardeal George Pell, que lançará em janeiro de 2021 o primeiro volume da obra.
Em março de 2019, Pell foi o mais alto clérigo da Igreja Católica a ser preso por abuso de menores. O julgamento, porém, foi marcado por lacunas graves e por “improbabilidades que não haviam sido totalmente consideradas pelo júri”, conforme o próprio Supremo Tribunal da Austrália reconheceu posteriormente.
Por isso, em abril de 2020, a corte suprema da Austrália anulou a condenação por abuso sexual contra o cardeal. A decisão, aliás, foi unânime: 7 votos a zero. Assim, o purpurado de 78 anos foi finalmente libertado após mais de um ano de prisão.
Ao ser solto, o cardeal Pell divulgou um comunicado em que declarava:
“Sempre defendi minha inocência enquanto sofria uma grave injustiça”.
De fato, a sentença anulada o condenara a nada menos que 6 anos de prisão.
Cardeal preso injustamente
Os 3 ou 4 volumes previstos totalizarão cerca de mil páginas. Segundo a editora Ignatius Press, o diário do cardeal se tornarão “um clássico da espiritualidade”.
A obra incluirá desde as conversas de Pell com seus advogados até considerações sobre a reforma do Vaticano, a política norte-americana e os esportes.
O pe. Joseph Fessio, editor da Ignatius Press, declarou sobre o novo livro:
“Já li a primeira metade do diário e é extraordinário. Creio que será um clássico espiritual. O diário completo tem cerca de 1000 páginas. Por isso, vamos imprimi-lo em 3 ou 4 volumes”.
Além de reparar a memória do cardeal após a injustiça sofrida, o projeto tem o propósito paralelo de angariar fundos para ajudá-lo a quitar dívidas decorrentes do processo. Isto, segundo o pe. Fessio, também servirá para sanar “grande parte das preocupações do cardeal”.