Não era estupro. Não havia risco de vida, nem para a mãe, nem para o bebê. Só havia Síndrome de Down, que não é doença.Aborto de bebês com síndrome de Down é uma vergonhosa forma de eugenia que ganha força em países supostamente avançados. A Islândia representa o caso mais extremo: lá, 100% dos bebês com a síndrome são abortados.
Mas a ilha nórdica não é o único país em que esta chocante prática eugênica se consolida.
Helen Whately, ministra da Saúde do Reino Unido, divulgou que, só nos primeiros 6 meses de 2020, o sistema de saúde britânico abortou 339 bebês apenas porque eles tinham a Síndrome de Down.
Aborto de bebês com síndrome de Down: uma forma de eugenia
Não se tratou de casos de estupro, nem de casos de risco de vida para a mãe ou para o bebê – cenários usados como justificativa em grande parte dos países para autorizar abortos. Tratou-se, no caso britânico, de bebês perfeitamente saudáveis, com uma condição genética que não é doença, mas em torno da qual persiste um assustador e vergonhoso preconceito. Pior ainda: é uma forma de eugenia.
Os números, ademais, não são definitivos: além de poderem sofrer uma revisão, eles cobrem somente a Inglaterra e o País de Gales, e não a Escócia e a Irlanda do Norte, que também fazem parte do Reino Unido.
Diante deste fato indignante, a organização pró-vida Life exigiu a revisão das leis britânicas sobre o aborto.
Liz Parsons, da diretoria da Life, declara:
“Depois de cinco décadas, a lei do aborto continua empoderando os provedores de aborto para interromperem a vida de milhares de seres humanos até o momento do nascimento caso eles tenham qualquer tipo de ‘deficiência’. A lei é inerentemente discriminatória, antiquada e incompatível com os princípios de igualdade e justiça para todos os seres humanos. O fato de dois bebês serem abortados por dia porque têm a síndrome de Down é chocante e inaceitável em qualquer sociedade justa e igualitária”.
Aborto de bebês com síndrome de Down: a brava reação de uma jovem com a síndrome
A Life citou o caso emblemático de Heidi Crowter, mulher de 24 anos, com a síndrome de Down. Ela luta pela vida dos bebês com a síndrome e chegou a processar o governo do Reino Unido por causa da atual lei de aborto. O Tribunal Superior da Inglaterra e do País de Gales acatou a revisão dessa lei em 17 de outubro.
A organização pró-vida comenta o fato:
“Uma mulher com a síndrome de Down sentiu que precisa promover a proteção dos bebês com a síndrome por meio dos tribunais. Estamos rumando para uma Grã-Bretanha sem síndrome de Down? Os legisladores estão satisfeitos com esse triste estado de coisas? Lemos na BBC a história de uma mulher grávida de um bebê com a síndrome de Down que recebeu a oferta de aborto 15 vezes, apesar de deixar claro que isso não era uma opção para ela. Até ofereceram a ela um aborto cirúrgico tardio, com 38 semanas!”
A Life prossegue:
“Temos que refletir se queremos uma sociedade que acaba com a vida de milhares de seres humanos por terem uma deficiência. Está na hora de recordarmos aos responsáveis pela criação das leis a responsabilidade deles de proteger os mais vulneráveis da sociedade e de agir agora para corrigir essa injustiça discriminatória da lei de aborto de 1967”.
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