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Por que as representações do céu ficam sempre aquém das expectativas?

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Renata Sedmakova | Shutterstock

Philip Kosloski - publicado em 25/11/20

O que sabemos é o que o céu não é apenas um "lugar" nas nuvens

Como é o céu? O céu é frequentemente descrito em pinturas ou na cultura popular como um lugar físico, como um local “nas nuvens”. No entanto, esta e outras ilustrações do Céu não nos encorajam trilhar o caminho para chegar ao nosso lar final.

São João Paulo II, por exemplo, refletiu sobre as várias imagens do céu em uma audiência geral em 1999. Ele explica que o céu não é um lugar nas nuvens; é uma relação íntima com Deus:

“Sabemos que o ‘céu’ ou a ‘felicidade’ em que nos encontraremos não é uma abstração nem um lugar físico nas nuvens, mas uma relação viva e pessoal com a Santíssima Trindade. É o nosso encontro com o Pai que acontece em Cristo ressuscitado pela comunhão do Espírito Santo. É sempre, portanto, necessário manter uma certa moderação na descrição dessas ‘realidades últimas’,  visto que sua representação é sempre insatisfatória. Hoje, a linguagem personalista é mais adequada para descrever o estado de felicidade e paz que desfrutaremos em nossa comunhão definitiva com Deus.”

É, de fato, difícil de descrever como seria o céu. Qualquer descrição seria insatisfatória e não atenderia às nossas expectativas. No entanto, esse relacionamento pessoal com Deus é o que realmente desejamos na vida, e isso irá satisfazer todos os nossos anseios mais profundos.

Céu e comunhão com a Santíssima Trindade

Continuou João Paulo II:

“Quando a forma deste mundo passar, aqueles que acolheram Deus em suas vidas e se abriram sinceramente ao seu amor, pelo menos no momento da morte, gozarão daquela plenitude de comunhão com Deus que é a meta da vida humana. Como ensina o Catecismo da Igreja Católica, ‘esta vida perfeita com a Santíssima Trindade, esta comunhão de vida e de amor com Ela, com a Virgem Maria, com os anjos e todos os bem-aventurados, chama-se «céu». O céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva'” (n. 1024).

Devemos, então, ficar felizes porque o céu não é um palácio nublado, mas um lugar real e íntimo, onde estaremos em perfeita união com Deus e todos aqueles que estão com Ele.

É um “lugar” de felicidade suprema, pois descansamos tranquilamente no coração de nosso Deus amoroso. Mesmo que não possamos entendê-lo totalmente, podemos ter certeza de que será um estado de luz, felicidade e paz.


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