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Não existe direito ao aborto: arcebispo peita o Parlamento Europeu

Arcebispo Dom STANISŁAW GĄDECKI

BP KEP/Flickr

Francisco Vêneto - publicado em 08/12/20

Ele desmascara hipocrisia ideológica que prega "direito de todos à vida" e, ao mesmo tempo, promove livre eliminação de nascituros

Não existe direito ao aborto: arcebispo peita o Parlamento Europeu e desmascara hipocrisia ideológica que, por um lado, diz defender o “direito de todos à vida”, mas, ao mesmo tempo, promove a livre eliminação dos nascituros.

Trata-se do presidente da Conferência Episcopal Polonesa, dom Stanisław Gadecki, arcebispo de Poznan. Em 3 de dezembro, ele enfatizou que o direito à vida é intocável, respondendo assim a uma resolução do Parlamento Europeu que condenava a Polônia por ter declarado inconstitucional o aborto por anomalias fetais.

De fato, o Parlamento Europeu condenou em 26 de novembro a decisão soberana da Polônia, acusando-a de contrariar o “direito” ao aborto.

Em sua resposta, dom Gadecki reafirmou que direito mesmo é o de todos à vida, que, aliás, é “um direito humano fundamental” que “prevalece sempre sobre o direito de escolher”, porque “nenhuma pessoa pode autoritariamente permitir a possibilidade de matar outra”.

O arcebispo de Poznan, que é também o vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), desmascarou a hipocrisia da resolução do Parlamento Europeu, que repetidamente citava a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Essa mesma carta, afinal, declara explicitamente que “toda pessoa tem direito à vida”.

Não existe direito ao aborto

A própria União Europeia, portanto, “reconhece que a dignidade inalienável da pessoa humana e o respeito pelo direito à vida são critérios fundamentais para a democracia e para o Estado de direito”, recordou o arcebispo.

Ele também afirmou a inexistência de um “direito” a abortar:

“Não existe ‘direito ao aborto’, nem do ponto de vista ético, nem no direito internacional. Em nenhuma ordem legal democrática pode haver o direito de matar uma pessoa inocente”.

Dom Gadecki detonou a incoerência do Parlamento Europeu declarando que o seu suposto “compromisso com a vida” é mentiroso, porque viola o direito do nascituro à vida, embora o direito “de todos” à vida seja garantido pela Carta dos Direitos Fundamentais do União Europeia.

“Falar de acordo jurídico pela proteção à vida é uma falsificação da realidade, porque fica de fora o terceiro mais importante nessa disputa: o nascituro e o seu direito inalienável à vida. Qualquer acordo neste assunto equivale a privar algumas crianças do seu direito fundamental à vida e impor a pena de morte de forma brutal, o que, aliás, também é proibido pela Carta dos Direitos Fundamentais. Portanto, não pode haver acordo nenhum a esse respeito”.

A voz de milhares de crianças

Dom Gadecki aproveitou para agradecer e apoiar os autênticos defensores da vida, que a defendem desde a concepção até a morte natural:

“Esses grupos são a voz de milhares de crianças no ventre de suas mães e cujas vidas estão em perigo. São a voz da razão natural, que, de forma consistente, contra todo oportunismo e conformismo ideológico, defende a vida humana em todas as fases do seu desenvolvimento”.

Não custa lembrar que a militância ideológica pró-aborto na Polônia tem organizado ataques contra a Igreja Católica não apenas em discursos enviesados e repletos de incoerência, mas também mediante atos de vandalismo contra monumentos religiosos e igrejas em plena celebração de Missas, além de assédio moral e violência contra fiéis e sacerdotes. Exemplos podem ser vistos nos artigos abaixo:




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Tags:
AbortoIdeologiaPolíticaVida
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