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Terço contra o terrorismo islâmico: bispo lança iniciativa na Nigéria

Terço contra o terrorismo

Red Confidential | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 11/05/21

Média de 2.400 cristãos são mortos por ano pelos fanáticos jihadistas no país

Terço contra o terrorismo islâmico: esta foi a iniciativa recém-lançada pelo bispo dom Oliver Dashe Doeme, de Maidiguri, no nordeste da Nigéria. O convite faz parte da resposta à brutalidade dos fanáticos jihadistas que atuam no país e que, desde junho de 2015, já mataram pelo menos 12 mil cristãos em atentados tão covardes quanto sangrentos. Trata-se de uma média de 2.400 cristãos assassinados por ano, entre 2015 e 2020, em decorrência direta do extremismo islâmico.

Grupos sanguinários

O bando fanático nigeriano mais conhecido internacionalmente é o Boko Haram, mas a situação no país ficou ainda pior nos últimos meses com a violência perpetrada também por radicais sectários pertencentes à etnia nômade fulani e com a consolidação de novas facções dissidentes do grupo jihadista Estado Islâmico.

Ao longo das quase duas décadas de ação violenta do Boko Haram na Nigéria, cerca de 36 mil pessoas foram assassinadas em decorrência dos seus ataques e 2 milhões foram deslocadas de suas terras e vilarejos.

Estes números, porém, são provavelmente maiores: segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pelo menos a metade de mais de 40 mil pessoas consideradas desaparecidas na África eram habitantes do nordeste da Nigéria. É alto o risco de que estejam mortas.

Terço contra o terrorismo islâmico

Durante a apresentação na Inglaterra do Relatório sobre a Liberdade Religiosa 2021, realizado pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, dom Oliver Doeme pediu a oração do terço pelo fim da violência e enfatizou:

“Com a oração fervorosa e profunda a Nossa Senhora, o inimigo será certamente derrotado”.

Expansão jihadista

Maidiguri é uma das dioceses nigerianas mais atingidas pelo terrorismo islâmico, mas o bispo denuncia que o fanatismo tem se estendido para fora das fronteiras do país e transformado várias outras partes do Sahel em terra de ninguém, à mercê da brutalidade dos grupos jihadistas.

De fato, a fundação Ajuda à Igreja que Sofre relata que o Chade, o Mali e o Níger também estão enfrentando um particularmente preocupante crescimento do extremismo jihadista desde a derrota do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. A fundação pontifícia observa que a situação exige colaboração internacional para que essa ameaça possa ser controlada.

Em seu relatório, a Ajuda à Igreja que Sofre ressalta que essas vastas áreas da África são palco para ações jihadistas transnacionais, com aliança operacional entre milícias locais e bandos maiores como o Estado Islâmico, amparados em apoio ideológico e financeiro procedente do Oriente Médio para implantar “províncias do califado” no continente africano.

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