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Você já conheceu uma trisavó? E tataravó? Conheça agora uma pentavó

Avós

Di buffaloboy2513|Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 04/10/21

"É ótimo ter uma família tão grande. Sempre tem alguém cuidando de mim. Sou incrivelmente feliz".

Fez sucesso nas redes sociais, recentemente, a história da escocesa Mary Marshall, de 86 anos, que conta com o privilégio de conviver com seis gerações vivas da sua família ao mesmo tempo: a dela própria, a dos filhos, dos netos, dos bisnetos, dos trinetos e, desde maio deste ano, também a da tataraneta, a pequena Nyla Ferguson.

Mary, que vive em Edimburgo, teve oito filhos. Toda a linha de descendentes que chega até Nyla é formada por mulheres que deram à luz com 18 anos ou menos – e quase todas trabalharam como cuidadoras. A filha mais velha de Mary, Rose Thorburn, hoje com 68 anos, teve quatro crianças, entre as quais Chyrel Borthwick, hoje com 50, que deu à luz Carrie Dow, hoje com 35, mãe de quatro, uma das quais é Toni-Leigh, hoje com 17, que deu à luz Nyla, hoje com 4 meses.

Em entrevista à imprensa britânica, Mary declarou, com bom humor, que os familiares a perdoam por não comprar presentes de aniversário e de Natal para todos. “Passaria a metade do ano fazendo isso”, brincou.

“É ótimo ter uma família tão grande. Sempre tem alguém cuidando de mim. Sou incrivelmente feliz”.

Quando ficou grávida, a jovem Toni-Leigh pesquisou na internet e não encontrou nenhuma outra família escocesa com seis gerações vivas. O caso repercutiu no país e no exterior – positivamente, o que é significativo num mundo que revela certo preconceito com famílias numerosas.

Vó, bisa, trisa, tetra… penta

A história de Mary e sua descendência também chamou atenção no Brasil porque vários sites a descreveram como “pentavó” de Nyla – e a bebê, portanto, como “pentaneta” de Mary.

Não é uma informação correta: Mary, na verdade, é tataravó e Nyla é sua tataraneta.

É relativamente frequente as pessoas “pularem” os trisavós, que são os pais dos bisavós. Por sua vez, os tataravós são os pais dos trisavós. Talvez tenha sido esta a razão pela qual esses veículos atribuíram à tataraneta de Mary uma geração a mais do que a correta, “contando-a” como pentaneta.

Vale observar, aliás, que os dicionários da língua portuguesa não registram oficialmente as palavras “pentavó” e “pentaneto” – até pela raridade da sua ocorrência. Mas, seguindo a lógica baseada nos números gregos, “penta” seria a composição aplicável a quem vem depois do “tetra”, tal como acontece em “tetracampeão” e “pentacampeão”. Diga-se de passagem, também é correto dizer “tetraneto” e “tetravó” como sinônimos das populares versões “tataraneto” e “tataravó”.

Uma legítima pentavó brasileira

Se a escocesa Mary Marshall ainda não é pentavó de fato, apesar de ter sido assim “anunciada” erroneamente por alguns sites brasileiros, temos outra vovó que pode corretamente ostentar esse “título” aqui mesmo no Brasil.

Maria Nascimento Diniz, de Barreirinhas, na Bahia, já era casada e mãe de quatro filhos quando se mudou para São Luis, onde adotou mais uma criança. Os cinco filhos a presentearam com 22 netos, que, por sua vez, lhe deram 40 bisnetos.

Dona Maria confessa que, daí em diante, “perdeu as contas” da quantidade de trinetos e tataranetos – e a matemática familiar ficou ainda mais complexa com o nascimento dos pentanetos, ou seja, os filhos de seus tataranetos.

Em 2017, o portal Imirante conversou com dona Maria por ocasião do seu aniversário de 106 anos. Ela disse que, nas comemorações, “apareceu muita gente: neto e bisneto que eu nem conhecia”.

Quanto ao segredo da longevidade com lucidez e bom humor, ela “receitou” alimentos frescos, peixes, frutas e verduras.

De acordo com o Guinness World Records, o maior número de gerações vivas ao mesmo tempo registrado em uma mesma família foi sete.

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