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Método Marie Kondo: eis por que isso não me traz alegria

MARIE KONDO

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Cerith Gardiner - publicado em 28/01/22

Eis por que você deve pensar com cuidado antes de sair jogando tudo fora

Como alguém que ama livros, plantas e esculturas lascadas com as iniciais dos meus filhos, posso compartilhar com alegria que definitivamente não estou do lado de Marie Kondo na organização da minha casa.

Então, com todas essas resoluções para simplificar e se organizar, você pode estar considerando uma eliminação drástica da desordem de sua casa. Mas espere um minuto.

Estou convencida de que o método de Marie Kondo realmente não vai trazer mais alegria para nossas casas.

Ao tentar compartilhar meus pensamentos com uma amiga, que já estava se preparando para jogar tudo fora, apresentei alguns argumentos que acho que vale a pena considerar.

Minha casa não é só para mim

Kondo fala muito sobre o que faz uma pessoa feliz, com sua noção de olhar para algo e só mantê-lo se “isso te traz alegria”. Bem, tenho várias coisas que não me enchem de alegria, mas dão alegria aos outros. Por exemplo, tenho uma cadeira surrada na qual meu pai adora sentar quando nos visita. Eu adoraria jogá-la fora, mas não farei isso, sabendo que o meu pai gosta tanto dela.

É o mesmo com todas as obras de arte intermináveis ​​introduzidas em nossa casa diariamente. Meus filhos definitivamente não são Michelangelos, mas minhas paredes estão cheias de seus preciosos esforços artísticos, porque isso lhes traz alegria. E para mim isso é muito mais importante.

Nossa casa é um reflexo de quem somos

Quando as pessoas entram em minha casa, costumam dizer que podem ver minha personalidade na decoração. É colorida, cheia de fotos de todos os meus entes queridos e revela um pouco dos nossos interesses. É uma casa na qual espero que as pessoas se sintam confortáveis.

Nem todas as bugigangas despertam alegria, mas cada uma é uma declaração sobre mim e minha família. Esses itens contam as histórias de nossa vida juntos. Eu odiaria reduzir minha casa ao essencial e diluir o que criamos juntos.

Não precisamos fazer parte de uma sociedade descartável

Uma coisa que me espanta em Marie Kondo é seu sorriso sereno enquanto ela encoraja os outros a jogarem fora um monte de coisas. Há algo um pouco perturbador quando você olha para as caixas acumuladas de coisas sendo jogadas fora. Isso me fez pensar em quão pouco valor damos a coisas que são teoricamente tão dispensáveis.

Se você visitar a casa dos meus pais, verá uma infinidade de objetos que provavelmente permaneceram intocados por décadas. Meu pai guarda cada ferramenta, cada parafuso de tamanho estranho e peça de madeira sobressalente, caso precise para uma de suas ideias. E, em muitos aspectos, ele está certo. No ano passado, minha máquina de roupas louça quebrou, e ele simplesmente trouxe uma peça que tinha em casa e consertou. Em menos de uma hora minha vida tinha voltado a funcionar. Isso me trouxe muita alegria.

Então, Marie Kondo, embora eu realmente aprecie como você pode incentivar as pessoas a organizarem a casa, talvez seja necessário revisar sua percepção de alegria. A verdadeira alegria não vem de apenas fazer você mesma feliz; vem de ver os olhares de prazer nos rostos daqueles que amamos e cuidamos. Vem de abrir suas portas e permitir que as pessoas entrem em uma casa cheia de significado.

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