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O anjo da guarda pode fazer 5 coisas: Santa Faustina viu

SAINT FAUSTINA

Mariola Anna S | Shutterstock

Gelsomino Del Guercio - publicado em 07/02/22 - atualizado em 14/04/23

Do Purgatório aos moribundos, a mística polonesa teve visões nas quais o anjo da guarda mostrou seu poder e suas limitações

Cinco missões: são as que o anjo da guarda tem em relação a nós. Santa Faustina Kowalska, a mística polonesa que conversava com Jesus, tomou conhecimento dessas missões dos anjos durante algumas de suas visões.

Marcello Stanzione, no livro “Gli angeli della Divina Misericordia” (editora Segno), explicou da seguinte maneira as cinco missões do anjo da guarda:

1) Mostra o Purgatório e as almas sofredoras

Pouco depois de entrar no convento, Santa Faustina adoeceu. A madre superiora a enviou com outras duas freiras para passar descansar em Skolimów, perto de Varsóvia. Naquela época, ela perguntou ao Senhor Jesus: “Por quem ainda tenho que rezar?”. Jesus respondeu que na noite seguinte a avisaria. Por orientação do anjo da guarda, ela visitou o purgatório e compreendeu que devia rezar por aquelas almas.

Aqui está sua descrição: “Eu vi o anjo da guarda que me ordenou que o seguisse. Em um momento me encontrei em um lugar enevoado, invadido pelo fogo e, nele, uma enorme multidão de almas sofredoras. Essas almas rezam com grande fervor, mas sem eficácia para si mesmas: só nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocaram. Meu anjo da guarda não me abandonou por um único momento. E perguntou a essas almas qual era o seu maior tormento. E juntas responderam que seu maior tormento é o desejo de Deus. Vi Nossa Senhora visitando as almas do Purgatório. As almas chamam Maria de ‘Estrela do Mar’. Ela lhes traz alívio”.

2) Pede para rezar pelos moribundos

“Uma vez fui ao jardim à tarde – lembra Santa Faustina – e o anjo da guarda me disse: ‘Reze pelos moribundos’. Imediatamente comecei o rosário pelos os moribundos junto com as meninas encarregadas do jardim. Depois do terço, rezávamos várias invocações para os moribundos” (Q I, 313).

Vemos ao longo do Diário como a oração pelos moribundos se tornará um dos compromissos mais sinceros da Irmã Faustina. Muitas vezes ela percebia de antemão a necessidade de orações a certas almas.

Diante da inveja de Satanás por nossa união com Deus, permanecemos tranquilos com nosso anjo da guarda e o rosário. Satanás teve inveja das graças que Irmã Faustina recebeu, especialmente por sua profunda união com Deus durante a Santa Missa. Ele a perturbava enquanto ela dormia à noite através de muitos demônios, mas ela se mantinha calma porque sentia que seu anjo da guarda estava lá, e ela rezava o terço.

3) Há momentos em que ele não consegue nos consolar

A saudade do Criador pode nos levar a uma grande humildade e a amá-lo por meio de todas as suas criaturas (terrestres e celestiais), porém o anjo da guarda pode não nos consolar. Por quê?

Diz Santa Faustina: quando uma noite olhei para o céu, da minha cela, e vi um firmamento estupendo, salpicado de estrelas e a lua, de repente uma chama inconcebível de amor pelo meu Criador entrou em minha alma. Incapaz de suportar a saudade que aumentava em minha alma por ele, deitei-me ao chão em atitude de pequenez e humildade. Eu o adorava por de meio de todas as suas criaturas, e quando meu coração não suportou mais o que estava acontecendo, comecei a chorar. Então meu anjo da guarda me tocou e me disse estas palavras: ‘O Senhor me manda dizer para você se levantar do chão’. Fiz isso imediatamente, mas minha alma não se consolou. A nostalgia de Deus ficou ainda mais forte” (Q I, 470).

4) É um apoio durante os exercícios espirituais

19.10.1935. Na noite antes de partir para o retiro de oito dias, Santa Faustina foi tomada pelo medo ao ver sua miséria e inépcia diante da grandeza da obra de Deus. Jesus lhe disse: “Por que você tem medo de fazer a minha vontade? […]” (QI, 489).

Na manhã seguinte, o anjo da guarda a acompanha de Wilno a Cracóvia com uma parada em Varsóvia: “Na manhã seguinte, vi o anjo da guarda, que me fez companhia na viagem para Varsóvia. Quando entramos no alojamento, ele desapareceu. […] Quando embarcamos no trem em Varsóvia com destino a Cracóvia, vi meu anjo da guarda ao meu lado novamente, orando enquanto contemplava Deus e meus pensamentos se voltaram para ele. Quando chegámos à porta do convento, desapareceu” (Q I, 490).

5) Guia no Paraíso

Santa Faustina escreve sobre o anjo da guarda: “Uma vez rezei muito aos santos jesuítas, de repente vi meu anjo da guarda, que me conduziu diante do trono de Deus. Passei por grandes hostes de santos, vi muitos rostos conhecidos, vi muitos jesuítas que me perguntavam: ‘De que Congregação é essa alma?’. Quando atendi, me perguntaram: ‘Quem é seu diretor?’. Respondi que era o padre Andrasz… Quando quiseram continuar conversando, meu anjo da guarda fez sinal para ficar calada e eu passei diante do próprio trono de Deus”.

A santa mística viu “um grande e inacessível brilho”: “vi o lugar destinado a mim nas proximidades de Deus, mas o que é não sei, pois estava coberto por uma nuvem, e meu anjo da guarda me disse: ‘ Aqui está o teu trono, pela tua fidelidade no cumprimento da vontade de Deus’” (Q II, 683).

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