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Tudo é possível para quem crê, até aprender a crer

MÃOS

Lemonsoup14|Shutterstock

Pe. Luigi Epicoco - publicado em 23/02/22

Cristo é o nosso Salvador a ponto de também a nossa própria fé, condição indispensável de todo milagre, tornar-se possível e plena graças a Ele

(Marcos 9: 14-29)

Há um diálogo comovente no Evangelho de Marcos 9, 14-29 (veja abaixo) entre um pai desesperado e Jesus. O Evangelho não esconde o fato de que muitas vezes as pessoas buscam Jesus nas profundezas de seu desespero mais do que no alto de sua fé. Mas não devemos ter medo disso, porque às vezes nosso desespero é apenas o primeiro passo que nos leva a encontrar a fé.

De fato, quando nossas forças e nossas possibilidades se esgotam, tocamos inexoravelmente nossa fragilidade, e só então percebemos que o maior gesto que uma pessoa pode fazer é buscar ajuda, é ter consciência de não ser suficiente para si mesma.

Se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e socorre-nos». Jesus disse: «Se posso?… Tudo é possível a quem acredita».

O pai da criança respondeu em voz alta:

Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé.

Eis o verdadeiro milagre: ser ajudado a crer, a confiar, a abandonar-se nas mãos de Deus. Sem essa confiança, esse abandono, nem mesmo a Graça de Deus funciona. Portanto, é muito pouco pensar que temos fé apenas porque afirmamos que Deus existe.

Você tem fé quando confia em Deus. E mesmo quando achamos difícil nos abandonarmos a Ele, podemos sempre rezar para que Deus nos ajude a confiar Nele totalmente. E assim o filho é curado, mas junto com ele a fé do pai também foi curada.

Os discípulos então perguntam a Jesus por eles haviam falhado. E aqui Jesus revela um segredo que muitas vezes esquecemos:

“Este género de espíritos não se pode fazer sair a não ser pela oração”.

Evangelho segundo São Marcos 9,14-29

Naquele tempo, Jesus desceu do monte, com Pedro, Tiago e João. Ao chegarem junto dos outros discípulos, viram uma grande multidão à sua volta e os escribas a discutir com eles. Logo que viu Jesus, a multidão ficou surpreendida e correu a saudá-lo.

Jesus perguntou-lhes: «Que estais a discutir?».

Alguém Lhe respondeu do meio da multidão: «Mestre, eu trouxe-Te o meu filho, que tem um espírito mudo.

Quando o espírito se apodera dele, lança-o por terra, e ele começa a espumar, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que o expulsassem, mas eles não conseguiram».

Tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui».

Levaram-no para junto dele. Quando viu Jesus, o espírito sacudiu fortemente o menino, que caiu por terra e começou a rebolar-se espumando.

Jesus perguntou ao pai: «Há quanto tempo lhe sucede isto?». O homem respondeu-lhe: «Desde pequeno.

E muitas vezes o tem lançado ao fogo e à água para o matar. Mas se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e socorre-nos».

Jesus disse: «Se posso?… Tudo é possível a quem acredita».

Logo o pai do menino exclamou: «Eu creio, mas ajuda a minha pouca fé».

Ao ver que a multidão corria para junto dele, Jesus falou severamente ao espírito impuro «Espírito mudo e surdo, Eu te ordeno: sai deste menino e nunca mais entres nele».

O espírito, soltando um grito, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, de modo que muitas pessoas afirmavam que tinha morrido.

Mas Jesus tomou-o pela mão e levantou-o, e ele pôs-se de pé.

Quando Jesus entrou em casa, os discípulos perguntaram-Lhe em particular: «Porque não pudemos nós expulsá-lo?».

Jesus respondeu-lhes: «Este género de espíritos não se pode fazer sair a não ser pela oração».

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