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Por que Nossa Senhora de Fátima mencionou a Rússia em sua mensagem?

Nossa Senhora de Fátima

Shutterstock I Ricardo Perna

Philip Kosloski - publicado em 15/03/22

Nossa Senhora de Fátima apareceu em 13 de maio de 1917, alguns meses após o início de uma revolução que mudaria a história da Rússia e de outras nações

Para muitos jovens nascidos nos últimos 30 anos, pode parecer estranho que Nossa Senhora de Fátima tenha mencionado especificamente a conversão da Rússia em sua mensagem. Até recentemente, não havia nenhuma razão específica para que a Rússia fosse destacada entre todas as nações.

No entanto, quando colocado no contexto histórico, a razão por trás do apelo de Nossa Senhora em relação à Rússia começa a fazer mais sentido.

1917

Durante a Primeira Guerra Mundial, o povo da Rússia estava morrendo de fome e a economia do país passava por uma forte crise. O exército russo não era páreo para a Alemanha e sofreu enormes baixas. Isso aumentou a animosidade em relação ao governo e o desejo de uma solução.

Os tumultos eclodiram na Rússia, levando à “Revolução de Fevereiro”, que provocou a abdicação do czar Nicolau II em 15 de março de 1917.

Na verdade, esse foi o início de um movimento ainda maior, pois facilitou a ascensão de Vladimir Lênin ao poder. Lênin foi discípulo de Karl Marx e estava pronto para introduzir o marxismo na Rússia, começando com uma revolução socialista.

Sua versão do comunismo devastaria a Rússia nas próximas décadas e se espalharia para outros países em todo o mundo.

Por exemplo: em 1921 a China adotou o comunismo, diretamente influenciada pela revolução que ocorreu na Rússia.

Quando Nossa Senhora de Fátima apareceu, em 13 de maio de 1917, o mundo estava ciente da Revolução de Fevereiro, mas não da ascensão comunista ao poder.

Palavras de Nossa Senhora de Fátima

Em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora de Fátima mencionou a Rússia aos pastorinhos:

“Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração e à Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á à Rússia, que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz.”

As criancinhas de Fátima nunca poderiam ter pensado nos danos que o governo russo e sua filosofia comunista poderiam infligir ao mundo.

No entanto, foi exatamente isso que aconteceu quando a Segunda Guerra Mundial destruiu vidas e inaugurou um novo reinado de terror na União Soviética.

A boa notícia é que o futuro não está gravado em pedra e podemos influenciar o mundo para melhor, começando com o chamado de Nossa Senhora para a “penitência, penitência, penitência!”

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