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Meu filho não quer frequentar a catequese: o que fazer?

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Ricardo Sanches - publicado em 03/04/22

Dicas que podem ajudar pais e mães a reverterem esta situação

Meu filho mais velho está com 13 anos. Ele fez a Primeira Comunhão um pouco antes do tempo regular e, de acordo com as regras da nossa paróquia, teria que esperar um ano para entrar na catequese da Crisma.

Assim foi feito. Entretanto, quando ele deveria iniciar novamente a preparação, veio a pandemia. Resultado: mais dois anos sem frequentar a catequese, já que não havia a opção de fazê-la de forma on-line. Quase dois anos também sem ir à Missa presencialmente.

Agora, as aulas presenciais da catequese foram retomadas, mas meu adolescente não quer participar delas. Toda vez é uma briga para que ele acorde cedo em pleno sábado, pegue a Bíblia e vá para a aula.

Por que meu filho não quer frequentar a catequese

Vários motivos podem ter contribuído para que meu filho tenha se desinteressado pela catequese.

Primeiramente, a quebra do ciclo por causa da pandemia pode tê-lo feito desanimar. Ou seja, ele se acostumou a ficar em casa e sem os dois compromissos semanais (Missa e catequese). Agora – espero – vai um tempo para que ele se readapte à rotina.

Além disso, tenho que lembrar que meu rapaz está em plena adolescência. Ele está passando por aquela fase de querer contrariar tudo e todos, a se revoltar e – muitas vezes – até a duvidar de Deus.

Por último, um mea culpa: minha esposa e eu podemos ter falhado na formação religiosa dele. Outras vezes ele já havia reclamado de participar da Missa, confessar e cumprir outros compromissos religiosos.

Minha mulher, entretanto, sempre o incentivou a participar da catequese, deixando claro a importância da formação e da preparação para os sacramentos. Eu, mesmo sabendo da irreparável necessidade do catecismo, acabei “terceirizando”, embora de forma inconsciente, esse trabalho a ela. Falha minha, admito, mas já estamos corrigindo (viva o equilíbrio no casamento!).

Os pais e a formação religiosa dos filhos

A família tem grande parte da culpa pela mínima objeção dos filhos em relação à catequese. É o velho clichê: ensinamos pelo exemplo. Então, se há demonstrações de prática da fé na família, participação de todos na Missa e se os pais recebem a Eucaristia e se confessam regularmente, por exemplo, é quase que certeza que os filhos terão interesse em fazer o mesmo. Para isso, óbvio, não podem pular etapas: precisam fazer a catequese!

Aliás, a missão de educar para a fé não é apenas da Igreja, na figura do padre e da catequista; os pais também têm responsabilidade sobre a formação religiosa dos filhos. Diz o Catecismo da Igreja Católica:

“Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos na fé, na oração, e em todas as virtudes. Eles têm o dever de prover, na medida do possível, às necessidades físicas e espirituais dos seus filhos.”

CIC 2252

Incentivando os filhos para a catequese

Não existe fórmula mágica quando o assunto é proporcionar a melhor educação, inclusive a religiosa, para os filhos. Entretanto, considerando que nossa casa é a “igreja doméstica”, a família precisa despertar para a necessidade de criar estratégias assertivas neste processo de formação e educação. E cada família vai encontrar aquelas com que mais se identificam.

Aqui em casa não amolecemos: sim, embora contrariado de certa forma, nosso adolescente não deixou de ir à catequese um dia se sequer. E, ao voltar para a casa, ele sabe que tem que nos contar o que foi discutido lá. Por isso, precisa prestar atenção ao conteúdo abordado e ao esforço da catequista, a fim de nos contar depois.

Usamos essa estratégia também para podermos reforçar com ele o assunto abordado e, de certa forma, meditar sobre aquilo que ele aprendeu.

Além disso, depois da flexibilização das medidas sanitárias, a Missa voltou a ser o principal compromisso da família nas manhãs de domingo.

Minha esposa e eu também já mostramos ao nossos filhos nossas certidões de Primeira Comunhão, Crisma e Matrimônio. Foi um jeito que encontramos de transmitir a seguinte mensagem: “Com muito esforço já passamos por tudo o que você está passando agora. E valeu a pena; veja quantas bênçãos Deus nos proporcionou.”

Rezar juntos, conversar sobre tudo e criar um lar repleto de paz e valores como bondade, amor e fidelidade também são ações importantíssimas nesta missão de proporcionar a melhor formação para os filhos.

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