O Papa Francisco lamentou na manhã deste sábado, dia 2 de abril, o “infantilismo” dos líderes políticos que provocam guerras.
Ao chegar a Malta para uma breve viagem pontifícia, Francisco saudou as autoridades do país e, durante o seu discurso, condenou a guerra na Ucrânia e voltou a pedir “moderação humana diante da agressividade infantil e destrutiva que nos ameaça; diante do risco de uma ‘guerra fria alargada’, que pode sufocar a vida de gerações e povos inteiros”.
Contra a postura irresponsável dos líderes políticos que provocam guerras, Francisco declarou:
“Infelizmente, aquele ‘infantilismo’ não desapareceu. Ressurge prepotentemente nas seduções da autocracia, nos novos imperialismos, na difusa agressividade, na incapacidade de lançar pontes e de começar pelos mais pobres. Mais uma vez, um poderoso qualquer, tristemente fechado em anacrônicas reivindicações de interesses nacionalistas, provoca e fomenta conflitos. As pessoas comuns sentem a necessidade de construir um futuro que, ou será vivido conjuntamente por todos, ou não subsistirá. Agora, na noite da guerra que caiu sobre a humanidade, por favor: não façamos o sonho da paz evaporar”.
Vale destacar que, durante o voo da Itália para Malta, Francisco foi questionado por um jornalista sobre a possibilidade de viajar a Kiev, conforme convite já apresentado por autoridades da capital ucraniana. O Papa respondeu que o convite “está na mesa”.