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EXCLUSIVO: Mark Wahlberg fala sobre Padre Stu, fé, educação dos filhos e muito mais

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Karen Ballard | Sony Pictures

Mark Wahlberg interpreta boxeador que virou sacerdote

Cerith Gardiner - publicado em 13/04/22

Em entrevista à Aleteia, o astro de Hollywood conta como foi interpretar o boxeador que virou padre, além de revelar detalhes da vida familiar

Há muita empolgação acerca do novo filme de Mark Wahlberg, Father Stu (“Luta Pela Fé – A História de Padre Stu”), que tem estreia prevista nos cinemas brasileiros para o dia 19 de maio e ganha as telonas americanas um pouco antes: em 15 de abril. O filme é baseado na história real do Pe. Stuart Long, que deixou de ser boxeador bad boy para se tornar um padre muito amado.

O filme é uma homenagem emocionante a um homem que nunca fez as coisas por meias medidas. A jornada de Pe. Stu rumo à redenção não é apenas inspiradora, mas lembra a cada um de nós que devemos responder “sim” a Deus, mesmo quando estamos em nossos momentos mais difíceis.

Se existe um ator perfeito para interpretar essa história, certamente é Mark Wahlberg – o devoto ator católico cujo passado rebelde incluiu brigas e até a prisão. Ele falou conosco sobre o filme com o qual esteve muito envolvido – tanto financeiramente quanto profissionalmente – para que a história do Padre Stu pudesse ser vista por todos.

Cerith Gardiner: Por que você acha que a história do Padre Stu é tão relevante hoje?

Mark Wahlberg: Porque todo mundo está passando por um momento muito difícil e todos nós estamos passando por isso juntos. E a missão de Stu era trazer todos juntos e mais próximos de Cristo.

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Cena do filme sobre o Pe. Stu

A história dele fez você enxergar as coisas de maneira diferente em sua vida? Se sim, como foi isso?

Bem, certamente, eu rezei pela intercessão [do Pe. Stu], especialmente para conseguir fazer o filme e acertar, e fazer justiça a ele e trazer as pessoas à sua fé. Mas ele também está me desafiando a fazer mais no meu trabalho pessoal para aproximar as pessoas de Deus e aproximar as pessoas umas das outras. E isso apenas para promover amor, inclusão, aceitação e apoio, além de encorajar as pessoas a terem esperança e fé.

Então, ele está trabalhando de muitas, muitas maneiras diferentes. Sua mensagem continua ecoando, crescendo e alcançando cada vez mais pessoas, mas ele também está me desafiando todos os dias a dizer ‘ OK, o que você vai fazer depois que o filme acabar? Agora você tem que continuar trilhando o caminho.’ Então, estou animado com isso porque é muito gratificante. Você sabe que às vezes pode ser um desafio… não há problema em tirar um dia de folga, não há problema em deitar a cabeça e dizer: ‘Preciso de uma pausa‘ e depois voltar mais forte. Mas apenas para fazer mais, estar mais envolvido, ser mais proativo.

No intervalo de duas horas, o espectador acompanha Stu em muitos altos e baixos e há muito alívio cômico. No final, eu estava emocionalmente exausta, mas havia um sentimento de exaltação porque é uma história incrível. Como você foi capaz de manter esse nível de energia para continuar? E, claro, sua mãe faleceu durante as filmagens. Como você lidou com isso?

Foi o tipo de coisa que eu precisava continuar fazendo. Esta é a tarefa que me foi entregue, e então eu tinha que continuar a fazer. Eu pude ir para casa durante uma pausa das filmagens para me despedir da minha mãe, e depois eu tive que ir para casa novamente para o funeral. Mas certamente, eu estava me baseando na minha experiência da vida real ao interpretar um papel que era difícil, mas também, ao mesmo tempo, havia a responsabilidade geral de fazer o filme e liderá-lo. Isso foi o suficiente para me manter.

Father Stu

Depois de assistir ao filme, saí com uma enorme sensação de alívio, no sentido de que, tudo bem, todos podemos cometer erros, mas há muita esperança em fazer um bom trabalho. Como você leva isso para o seu dia a dia?

Isso é o que me motiva todos os dias … que faz com que eu me ajoelhe e comece a expressar minha gratidão e pedir a capacidade de sair e executar da maneira que Deus deseja, e fazer as coisas que Ele está esperando de mim, utilizando os talentos e os dons que me foram dados… Então, depois disso e lendo meu devocional diário, geralmente me sinto do tipo: “Uau, vou começar meu dia de uma maneira muito boa”. E, então, se eu continuar e fazer algum exercício, me sentirei ainda melhor. E isso me dá coragem para ir até a cozinha, ou ao quarto, e acordar as crianças e esperar que elas saiam da cama do lado certo.

Eles estão em uma idade desafiadora agora, não estão? Eles estão na adolescência?

Muito, muito! É o que estou dizendo, isso também pode atrapalhar as coisas muito rapidamente, dependendo da atitude…

Você acha que é difícil para eles porque, bem, nós conhecemos sua rotina – que parece totalmente louca– você acha que para eles é tipo “oh, nós nunca seremos capazes de viver à altura disso?”

Bem, você sabe, às vezes eu estou nessa rotina em particular e às vezes não. Eu vou fazer o que meu trabalho diário exigir de mim, seja no meio de um filme, fazendo fotografia principal, na pré-produção ou me preparando para o filme, mas definitivamente sempre quero ser a melhor versão de mim mesmo. Então, o que quer que eles decidam fazer, apenas deem 110%. Isso é tudo que eu realmente espero, sabe?

Eles podem querer seguir um caminho completamente diferente – e eu sou um defensor disso, desde que seja positivo e produtivo. E, assim, eu não espero que eles tentem superar tudo o que eu faço – mesmo sabendo que meu filho e minhas filhas são competitivos de certa forma.

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Você é um entre nove irmãos e tem quatro filhos. Vocês têm daquelas reuniões de família onde todos os primos estão lá?

Geralmente fazemos. Minha tia e meu tio normalmente eram os que orquestravam isso. Mas agora seus filhos e meus irmãos e irmãs tentam manter essa tradição, mas perdemos meu padrinho, minha tia e minha mãe recentemente, e tantas outras pessoas… Tem sido difícil, e com a Covid ficamos todos separados. Mas ver as pessoas se juntarem, mesmo com a morte da minha mãe, o funeral e tudo mais, foi incrível ver quantos membros da família temos e como é bom quando estamos todos juntos.

Como a saúde física do Pe. Stu se deteriorou (a partir da miosite corporal de inclusão IBM), ele engordou muito. Você ganhou 13 quilos em um espaço de tempo muito curto, cerca de seis semanas. Isso mudou sua atitude em relação à sua própria condição física?

Eu prefiro ficar em forma para me sentir bem. E ganhar tanto peso em pouco tempo na minha idade não foi bom. Eu definitivamente ainda estou sentindo os efeitos disso, não tanto agora, mas certamente por um bom tempo depois.

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Se você não fosse um homem de família, poderia se imaginar sendo padre?

(Respira fundo…) Quer saber, não sei, nunca pensei nisso. Acho que estou encontrando meu próprio caminho dentro do estilo de vida que vivo e escolhi para fazer a obra de Deus.

Você tirou a batina muito bem

Obrigado! Eu “celebrei” algumas missas ao longo dos anos em preparação para o papel.

Isso o ajudou?

Absolutamente! Se você quer ser crível no papel, você tem que se tornar o personagem, fazer sua lição de casa, adotar esse tipo de abordagem de atleta em que você faz tudo o que pode no treino. Depois, no dia do jogo você meio que vai bem.

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Foi interessante ver que você escolheu Rosalind Ross (para escrever o roteiro e dirigir o filme), que provavelmente não estava muito familiarizada com a fé católica, porque ela não foi criada como católica. Você acha que ela trouxe alguma energia diferente para a história?

Absolutamente! Ela é uma escritora tão incrível … Ela tem uma dureza e uma coragem sobre ela, mas ela também estava vendo isso de um ponto de vista de apreciar um cara imperfeito que estava tentando encontrar seu propósito, e por isso eu acho que ser contada do ponto de vista de uma mulher realmente faz com que a história seja, eu não sei, um pouco mais relatável.

As melhores pessoas que já conheci e que estiveram envolvidas comigo e ajudaram a me moldar foram todas mulheres muito fortes. A primeira pessoa a me dar um emprego como ator foi uma mulher, Penny Marshall. Você sabe que eu não estaria neste negócio, nesta posição, se não fosse por ela. E a primeira mulher que realmente veio e me tocou e me apontou na direção da minha fé foi Emily Alves (a mãe do amigo e segurança de Wahlberg, Johnny Drama, que o ajudou na casa dos 20 anos quando ele saiu da prisão). Minha mãe, a dureza e a coragem que ela mostrou ao criar nove filhos com todas as lutas e desafios que ela enfrentou… Fui muito abençoada por conhecer e ser tocada por muitas mulheres excelentes.

FATHER STU

Stu fez um grande esforço para conquistar a namorada. Você teve que ir a extremos para cortejar sua esposa?

Eu vou te dizer isso. Eu sei que quando orei para Deus me dar uma boa mulher, Ele só a trouxe para minha vida quando eu estava preparado para isso, ou realmente em posição de merecer isso, e saber como valorizar. Mas sim, eu saí do meu caminho… Eu a conheci em Nova York através de alguns amigos em comum, e no dia seguinte, estávamos fazendo uma coletiva de imprensa, semelhante ao que estamos fazendo agora, para um tipo de filme, e eu queria vê-la de novo imediatamente, então pedi que ela me acompanhasse no dia seguinte. Eu disse que tinha uma hora [de descanso], e ela disse: “vai fazer o quê?”. Eu respondi: “Bem, por que não vamos à igreja?” Então, eu a convidei para a Catedral de St. Patrick.

Eu causei uma boa primeira impressão. E dei um passo à frente e alguns passos para trás depois disso. Mas foi assim que nosso relacionamento começou, então foi um bom caminho.

Por que você acha que é um dos raros atores católicos que obteve grande sucesso em Hollywood?

Não sei. Atribuo muito do meu sucesso pessoal e profissional à minha fé. Mas não sei necessariamente chamar isso dentro de Hollywood, não enfio minha fé goela abaixo de todo mundo, mas não a escondo. Eu meio que vivo e existo com muitas pessoas de diferentes esferas da vida. E eu acho, você sabe, eu sou julgado pelo que eu trago para a mesa com cada papel individual que eu interpreto, e cada filme que eu produzo e faço, e o sucesso do que eu trouxe para cada projeto.

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