Quarta-feira, 18 de Maio de 2022
1 – Morre o antigo livreiro histórico dos papas
2 – A prisão do Cardeal Zen lança uma sombra sobre os católicos de Hong Kong
3 – Cardeal Czerny lembra-se da figura de Carlo Maria Martini
4 – Cardeal Parolin apresenta a nova Constituição Apostólica
5 – Protestos contra a construção de um teleférico em Jerusalém
A um passo da Basílica de São Pedro, em Roma, na Via dei Corridori, encontra-se a biblioteca de Don Gino Belleri. Este padre, capelão da Villa Giuseppina, que dirigia a “Livraria Papal”, morreu com a idade de 93 anos. Foi aqui que muitas personalidades, jornalistas e políticos vieram comprar livros. Um arquivo vivo da história e anedotas do Vaticano, viveu sete conclaves diferentes e foi o confidente de muitos altos prelados e alguns papas. Em particular, manteve uma correspondência, que guardou como um tesouro, com Paulo VI, bem como uma relação de amizade com João XXIII. Este último, a quem Don Gino uma vez tinha trazido pessoalmente um livro que queria realmente ler, confidenciou-lhe um dia: “Sabe, estou aqui sozinho, sou um prisioneiro”. Francesco Cossiga, antigo Presidente da República de Itália, era outro amigo do sacerdote livreiro. Vinha frequentemente ler nesta biblioteca durante os seus passeios em Roma e gostava tanto do lugar que até trabalhou lá durante alguns dias como escrivão.
AdnKronos, italiano
2 – A prisão do Cardeal Zen lança uma sombra sobre os católicos de Hong Kong
Na semana passada, a polícia de Hong Kong prendeu o Cardeal Zen, Bispo Emérito da mesma cidade desde 2009. O prelado aposentado tem 90 anos de idade. Quatro outras pessoas foram presas juntamente com ele por “alegado conluio com forças estrangeiras”. Foi libertado sob fiança a 12 de Maio e deverá comparecer em tribunal a 24 de Maio. A prisão do Cardeal Zen ocorreu no meio de conversações entre o Governo Popular da China e o Vaticano sobre a renovação do acordo sobre a nomeação de bispos na China continental. E aqueles que querem mostrar o seu apoio ao prelado receiam que qualquer ação pública possa causar-lhe mais problemas. Para o Padre Tobias Brandner, capelão da prisão em Hong Kong, o silêncio dos fiéis é certamente uma “expressão de medo”. No entanto, o próprio Cardeal Parolin disse aos media que a detenção do Cardeal Zen não foi um “repúdio” do acordo China-Vaticano, acrescentando que esperava que o incidente não “complicasse o já complexo diálogo” entre os dois estados.
The Guardian, inglês