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Pe. Zezinho: “a atleta em segundo lugar ficou chorando sozinha”

Ficar em segundo lugar

sportoakimirka / Shutterstock

Pe. Zezinho - publicado em 07/06/22

"Ninguém a abraçou, ninguém chegou perto, ninguém deu uma palavra de conforto. Eram lágrimas de uma jovem que chegara ao segundo lugar, mas ninguém festejou sua vitória"

A atleta que ficou em segundo lugar, com 18 anos, ficou chorando sozinha, observou o pe. Zezinho a respeito de um torneio de tênis.

Ele escreveu, em sua rede social, as seguintes reflexões sobre o estranho e injusto tratamento dispensado a quem conquista a segunda mais elevada posição em uma competição, mas é sempre vista como a perdedora:

“Fiquei olhando a jovem tenista de rosto moreno que ficou em segundo lugar num torneio mundial. A outra que venceu subiu as arquibancadas para abraçar família, treinador e gente importante no mundo do tênis. Foi lindo ver a alegria da vencedora, elogiada como revelação naquele esporte. Tem 19 anos.

A que ficou em segundo lugar, com 18 anos, ficou chorando sozinha. Ninguém a abraçou, ninguém chegou perto, ninguém deu uma palavra de conforto. Eram lágrimas de uma jovem que chegara ao segundo lugar, mas ninguém festejou sua vitória”.

A vitória que poucos reconhecem

“Chegar ao segundo lugar aos 18 anos é uma grande vitória. Mas as lágrimas que escorriam do seu rosto mostravam solidão. Este é o mundo cruel da competição. Não chegar em primeiro é tido como derrota! E não é! Mas os louros da vitória ficam só na cabeça de quem venceu um jogo, quando a outra jovem que venceu muitas vezes agora é relegada ao oblívio, como se fosse a perdedora.

Na verdade, era vencedora por ter chegado em segundo lugar, depois de ter vencido todas a partidas menos a final. Não sei o nome desta jovem, mas orei por ela. Ela é vítima de um mundo que canoniza o vencedor e ignora o segundo vencedor”.

A corrida espiritual

O pe. Zezinho então aplicou a reflexão ao contexto espiritual:

“Na religião também as palavras ‘vitória’, ‘vencedor’, ‘vitória em Cristo’ estão na moda, nem sempre devidamente explicadas. Estar em vigésimo ou milésimo numa corrida espiritual é chegar com méritos. Não desistiu e cruzou a faixa com a dignidade de quem nunca desistiu!

E até para quem desistiu no meio do caminho cabe um abraço. Só Deus sabe por que o seu coração doeu no meio do caminho”.

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