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Bebê “renasce” graças à incubadora instalada em uma paróquia

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Shutterstock/Julia Zavalishina

Maria Paola Daud - publicado em 10/11/22

Os pais do recém-nascido o abandonaram na igreja com um bilhete comovente

Dom Antonio Ruccia é o pároco da igreja de São João Batista, em Bari (Itália). Chocado com a notícia de que recém-nascidos estavam sendo abandonados nas ruas, ele decidiu, juntamente com a comunidade paroquial, instalar um “berço térmico” (uma espécie de incubadora) na igreja, a fim de acolher esses bebês.

A incubadora ou caixa de correio para bebês

A incubadora não é uma novidade. Tem suas origens no ano de 1118, e foi uma ideia do Papa Inocêncio III .

O papa teria visto três corpos de recém-nascidos pescados no Tibre (possivelmente filhos de prostitutas de Roma). Então, ele decidiu criar um tipo de roda chamada “ruota degli esposti” (a roda dos expostos), que servia para acolher os bebês abandonados.

Esta roda foi colocada no hospital Santo Spirito, que fica junto ao rio, e ainda hoje é visível como recordação.

Quando um bebê era deixado na roda, uma campainha tocava para alertar os religiosos, que acolhiam a crian

Geralmente, meia moeda ficava junto ao recém-nascido e a outra parte ia com a mãe. Caso a genitora mudasse de ideia e voltasse para buscar o filho, ela deveria apresentar a metade da moeda para identificar seu filho.

As “rodas atuais”, ao contrário da primeira, são equipadas com alta tecnologia para proteger o recém-nascido do frio e do calor.

Um mecanismo regula a temperatura e, ao invés de uma campainha, eles transmitem um alarme que chega como uma chamada para um celular, como aconteceu com o padre Antonio.

A emoção de uma mensagem: “berço”

Era um domingo, em julho de 2020. No celular de Don Antonio Ruccia chegou uma mensagem que dizia: “Berço”.

Chocado, ele instantaneamente correu para incubadora.

“Eu abro a porta e vejo um bebê chorando. Meu coração parou de bater naquele momento. Foi completamente bloqueado. Parecia uma coisa excepcional, um milagre”, conta o sacerdote.

Junto ao bebê abandonado estava um bilhete comovente: “Papai e mamãe te amam para sempre.”

O bebê ganhou o nome de Luigi e, graças ao equipamento e aos cuidados da equipe médica conseguiu “renascer”.

De fato, toda criança que chega à incubadora é confiada aos esforços da comunidade, que trabalha para garantir os cuidados especiais ao bebê junto à divisão de neonatologia da policlínica de Bari. E tudo em completo anonimato.

Livro relata a iniciativa

Após seis meses do “renascimento” de Luigi, Padre Ruccia e toda a comunidade quiseram expressar o que haviam vivenciado em um livro, que foi intitulado de “É Vita”.

Como destaca o sacerdote, o livro “contém apenas parte do material produzido pela mídia e redes sociais nos dias imediatamente após encontrarmos a criança, além de algumas contribuições de pessoas que sempre estiveram envolvidas na promoção da vida”.

O sacerdote finaliza: “Trata-se de uma vida para cuidar e amar… Uma vida que nos convida a não ficarmos indiferentes. Uma vida que deve ser para sempre, porque as crianças não cometem erros quando vêm ao mundo.”

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