Os católicos costumam fazer novenas, mas, para quem não tem conhecimento prévio dessa devoção, o nome pode ser confuso. Afinal, o que é uma novena?
As novenas fazem parte, há séculos, da vida devocional da Igreja: algumas remontam aos dias entre a ascensão de Jesus e a festa de Pentecostes! De fato, a ordem final de Jesus na terra, antes de ascender ao céu, foi “esperar a promessa do Pai”:
E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, “que ouvistes” – disse ele – “da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias” (Atos 1,4-5).
Deus cumpriu essa promessa na festa judaica de Pentecostes, conforme descrito no segundo capítulo de Atos. Essa festa judaica sempre foi celebrada 50 dias após a festa da Páscoa.
De acordo com São Lucas, Jesus ascendeu ao céu depois de “aparecer aos apóstolos durante quarenta dias” (cf. Atos 1,3) após a Sua ressurreição. Isto significa que o tempo entre a ascensão de Jesus e a vinda do Espírito Santo no Pentecostes é de nove dias – sem incluir o dia da ascensão de Jesus.
Um modelo de oração
Para muitos cristãos, esses nove dias de oração estabeleceram um modelo. Eles foram então desenvolvendo devoções que consistiam em nove dias – ou até nove meses – de oração por uma intenção específica ou em homenagem a um determinado santo. As “novenas”, cujo nome é claramente ligado ao número 9, eram vistas, portanto, como uma maneira perfeita de rezar.
Uma das primeiras novenas a surgirem na história da Igreja foi um período de oração durante os nove meses anteriores à festa do Natal, acompanhando em oração a gravidez de Nossa Senhora.
Não demorou muito para que o número nove fosse usado em todo tipo de situação, como uma novena de missa rezada por uma pessoa, ou uma novena de orações pelo restabelecimento da saúde.
Assim nasceram as novenas, que se tornaram parte muito importante do devocionário católico.
