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Uma das orações mais curtas e poderosas que você pode fazer

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Paroisse du Saint-Esprit, Paris

Peter Cameron - publicado em 07/06/23

Esta prece nos permite aclamar a bondade de Deus tão generosamente partilhada

O “Glória ao Pai” é uma das orações mais curtas, porém mais poderosas, que podemos fazer.

“Glória ao Pai e ao Filho 
e ao Espírito Santo. 
Como era, no princípio, 
agora e sempre. 
Amém!”

O que estamos fazendo quando rezamos essa oração? O Catecismo nos diz que a glória de Deus consiste na realização da manifestação e da comunicação da Sua bondade (ver CIC 294).

Quando rezamos o “Glória ao Pai”, estamos aclamando nossa experiência da bondade de Deus tão generosamente compartilhada. O Cardeal Raneiro Cantalamessa ressalta que a glória de Deus não é outra senão a de amar as pessoas gratuitamente. Ao mesmo tempo, ele nos lembra que “o pecado básico é a recusa de glorificar a Deus. Ao se recusar a glorificar Deus, o ser humano se torna privado da Sua glória”.

Glória ao Pai

Ao rezar o “Glória ao Pai”, estamos glorificando Deus por ter nos amado. Glorificamos o Pai quando reconhecemos que o Pai sabe o pior sobre nós, mas que usa esse conhecimento para nos amar ainda mais, porque precisamos que Ele nos ame mais como Seus filhos.

Glorificar o Pai é louvar a recusa do Pai em se tornar fatalista em relação aos nossos fracassos. Glorificar o Pai é proclamar que somos amados simplesmente por sermos Dele. O Pe. Francis Martin escreveu que “a glória é o amor que se expressa quando Jesus se entrega em total obediência à vontade do Pai”. Rezar o “Glória ao Pai” é pedir que nos seja concedida a graça de nos entregarmos, como Jesus, ao Pai em total obediência à Sua vontade.

Glória ao Filho

Por “Glória ao Filho”, queremos dizer, como canta a liturgia bizantina, “Glória à presença ativa de vossa providência em nossas vidas, ó Cristo, nosso Rei: por meio dela, conseguistes a salvação para todos”.

O Bispo Massimo Camisasca observa que “glorificamos Deus ao nos permitirmos ser atraídos para o ato de amor que foi realizado na cruz”. Como declara Santo Ambrósio: “Não me vangloriarei pelo fato de ter sido redimido. Não me vangloriarei porque estou livre de pecados, mas porque os pecados me foram perdoados. Não me vangloriarei porque sou lucrativo ou porque alguém é lucrativo para mim, mas porque Cristo é um advogado em meu favor junto ao Pai, porque o sangue de Cristo foi derramado em meu favor”. Demos glória à amizade do Filho de Deus conosco! Demos glória à Presença Real e infalível do Filho!

Glória ao Espírito Santo

E, pela “Glória ao Espírito Santo”, estamos implorando à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade que entre em nosso coração e tome posse de nosso próprio ser. Pois estamos cientes de como podemos ser inclinados a não sermos espiritualistas, mas carnais, mundanos, venais, materialistas. 

O que dá glórias a Deus está indo a ele no conhecimento de sua incapacidade, indignidade, impotência, do seu pecado atual. Quando nos entregamos a Deus nesses momentos, nós o glorificamos mais, porque dependemos dele para tudo, sem nenhuma ilusão sobre nossa própria “bondade”. Nós demos glória a Deus através da nossa compreensão de nossa dependência Dele para tudo. Imploramos por transformação contínua.

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