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Como o luto me ensinou a ler de verdade

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Mallmo | Shutterstock

Jennifer Hubbard - publicado em 03/07/23

Fluir pelas palavras nem sempre revela a verdade necessária para triunfar na jornada percorrida durante a leitura

Eu sempre li livros. Na verdade, eu devoro livros. Eles sempre estão empilhados em mesas esperando para serem abertos e guardados em prateleiras esperando para serem revisitados. Muitas vezes, eu refletia sobre as ideias oferecidas ou me escondia nos cenários criados, abandonando completamente o mundo ao meu redor. Mas, depois que Catherine morreu, tudo mudou. 

No silêncio da manhã, lia a Palavra de Deus e não conseguia me lembrar de uma única coisa que tinha lido poucos minutos antes. Era como se o único lugar onde eu encontrava fuga fosse agora uma miragem – e eu fosse um viajante do deserto.

Naqueles dias, minha exaustão era palpável e a frustração com o esquecimento, enlouquecedora. Eu digo a você que recorri à leitura de pequenas sequências de palavras, a fim de não abandonar o amor de minha vida. Manhã após manhã, eu abria a Bíblia e lia e relia duas ou três linhas, implorando para que minha mente não divagasse. É engraçado como a vida parece funcionar dessa maneira. O que parecia uma derrota para minha mente e um jogo de poder para meu corpo era o oásis onde meu coração partido prevaleceria. 

Nessas pequenas leituras, descobri cada palavra escolhida de forma específica e proposital. Com essas palavras, a luta do agora se transformou no “o que será” que eu circulava e enquadrava. Eu era aquele para quem Seus planos eram para o bem. Meus pés foram colocados nas alturas.

Desacelerar e saborear foi um despertar para a realidade, para saber que o deserto que percorria estava levando ao paraíso de Seu roteiro. 

Claro, consumir livros é impressionante. Ler bem é notável. Eu sei, agora, que fluir pelas palavras nem sempre revela a verdade necessária para triunfar na jornada percorrida. Muito mais importante do que impressionar é ser preenchido; muito mais impressionante do que os títulos nas prateleiras é viver uma vida prometida para ser sagrada, sustentável e abençoada. 

Claro, ainda há momentos em que meu desejo é seguir em frente, derramar as palavras na tentativa de chegar ao meu oásis. Nesses momentos, chego a lugares onde as palavras com círculos e quadrados lembram ao meu coração Aquele cujas promessas irei reivindicar.

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