O mundo voltou a acompanhar na semana passada o caso aberrante do bispo nicaraguense dom Rolando Álvarez, que esteve a ponto de ser retirado da prisão e enviado para o exílio na Itália, mas pouco depois voltou ao presídio. Ele cumpre uma controversa pena de 26 anos de cadeia pelo suposto crime de “traição à pátria”. Todo o processo de prisão e condenação sumária de dom Rolando foi flagrantemente inconstitucional e se deve basicamente ao fato de que ele é explícito opositor do regime sandinista capitaneado pelo ditador Daniel Ortega.
Diante da mais recente “rodada” de despropósitos no tocante aos direitos de dom Rolando, o deputado norte-americano Chris Smith, do Partido Republicano, reiterou o seu pedido para visitar o bispo no presídio La Modelo, em Manágua. O parlamentar, de Nova Jersey, é ativo na campanha pelo fim da perseguição à Igreja Católica na Nicarágua, intensificada por Ortega em 2018 e agravada drasticamente ao longo de 2022 e 2023.
Em comunicado da semana passada, Smith se declara “muito preocupado com a segurança e o bem-estar do bispo dom Rolando José Álvarez, em meio a relatos inconsistentes sobre a sua situação na Nicarágua. Dom Álvarez é um servidor compassivo e honrado do povo de Deus e continua a defender com grande coragem e abnegação outras vítimas inocentes também perseguidas pelo brutal regime de Ortega, incluindo seus irmãos clérigos que permanecem encarcerados”.
Ele pede ainda que sejam libertados “todos os outros religiosos e políticos que estão presos injustamente”.
Em março, Chris Smith já havia conclamado os parlamentares do seu próprio país a uma “nova fase” de pressões contra o regime de Ortega na Nicarágua.
