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Num momento de solidão, uma enfermeira de UTI me ensinou uma oração perfeita

Nurse in a blue suit and with a stethoscope stands with outstretched arms.

africa_pink | Shutterstock | Altered by Aleteia

Sarah Robsdotter - publicado em 29/09/23

A oração da enfermeira da UTI neonatal mudou a forma como enfrentei o meu isolamento forçado – e permanece comigo quando enfrento dificuldades

Jesus, segure minha mão direita. Maria, a minha esquerda…

Esta é uma oração que uma enfermeira da UTI neonatal me ensinou há 17 anos. Meu segundo bebê começou a vida com uma internação de um mês em uma cidade longe de casa. Eu estava sozinha, cuidando do meu recém-nascido, sem o conforto e o apoio do meu marido e dos meus familiares.

Numa noite particularmente sombria, a enfermeira que cuidava do meu bebê notou o crucifixo em meu pescoço. Ela se solidarizou com a nossa provação, manteve as mãos abertas ao lado do corpo dela, levantou os olhos para o céu e ofereceu a oração mencionada anteriormente, que me acompanha há anos: “Jesus, segure minha mão direita. Maria, a minha esquerda…

Desde então, enfrentei muitas outras dificuldades, grandes e pequenas, onde me vi andando pelos corredores de um hospital ou pelas ruas tranquilas do meu bairro, repetindo esta oração com as mãos abertas e vivendo a realidade reconfortante que ela articula: nunca estou sozinha.

Acendendo uma chama

Não percebi isso naquele momento, há quase duas décadas, mas aquela fiel enfermeira da UTI neonatal despertou a minha imaginação católica de uma nova forma. Ela acendeu uma chama que ganhou mais força através do Rosário, que eu passei a receitar com frequência.

A adorável enfermeira também me ajudou a passar de um estado de solidão para a solitude. O Psychology Today  descreve a solidão como “um estado negativo, marcado por uma sensação de isolamento. Sente-se que falta alguma coisa”. Por outro lado “a solitude é um estado de sentir-se sozinho sem estar sozinho, em que você se oferece uma companhia maravilhosa e suficiente”. Acrescente a isso – os cristãos têm aqui uma vantagem particular – a capacidade de se apoiar não apenas em si mesmo para ter companheirismo, mas em um relacionamento íntimo com Deus e com a Comunhão dos Santos. 

Precisando de uma mão

Ao me sentir segura pelas mãos de Jesus e de Sua Mãe, ao saber que de uma forma mística eles estão andando ao meu lado, a dor vazia em meu coração se acalma.

E graças àquela enfermeira de UTI, tenho me sentido cada vez mais segura, especialmente depois que algumas mudanças recentes em minha casa e na comunidade me forçaram a fazer minha própria companhia com mais frequência do que gostaria. 

Tento ir à missa com a maior frequência possível para receber Jesus na Eucaristia todas as manhãs. Depois, à noite, ando pela minha vizinhança, com o Rosário na mão, clamando silenciosamente as promessas do profeta Isaías:

“É na conversão e na calma que está a vossa salvação; é no repouso e na confiança que reside a vossa força”.

Isaías 30,15

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