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3 montanhas sagradas no catolicismo

MONTE TABOR

Sr. Amata CSFN

Monte Tabor

Daniel R. Esparza - publicado em 31/10/23

Cada uma delas tem seu significado único, apoiado em bases bíblicas ou hagiografias

As montanhas ocupam um lugar especial na maioria, senão em todas as tradições religiosas. O catolicismo não é exceção. No catolicismo, várias montanhas são consideradas sagradas, cada uma com um significado único, apoiando-se em narrativas bíblicas ou hagiografias – Tepeyac, Monte Saint-Michel, Montserrat… Estas montanhas têm sido tradicionalmente consideradas como locais sagrados porque nelas ocorreram manifestações de Deus e, portanto, proporcionam aos peregrinos a oportunidade de se retirarem e meditarem sobre estes mistérios.

Três dessas montanhas são mencionadas nas Escrituras.

Monte Sinai

O Monte Sinai, também conhecido como Monte Horebe, é uma das montanhas sagradas mais famosas não apenas no catolicismo, mas em todas as tradições abraâmicas. Segundo a narrativa bíblica, foi aqui que Moisés recebeu os Dez Mandamentos. O Livro do Êxodo diz que Deus escolheu esta montanha como o lugar para revelar a Sua lei divina a Moisés, cimentando assim a aliança entre Deus e o Seu povo. A experiência da presença de Deus no Monte Sinai marcou um momento crucial na história das tradições monoteístas abraâmicas e lançou as bases para os princípios morais e éticos que continuam a guiá-las.

Monte Tabor

O Monte Tabor é o local da Transfiguração de Jesus. De acordo com os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), Jesus levou três de Seus discípulos, Pedro, Tiago e João, ao cume do Monte Tabor. Ali, num momento de excepcional significado escatológico, Jesus se transfigurou diante deles (“Seu rosto brilhou como o sol”), enquanto Moisés e Elias apareceram ao lado dele – resumindo “a Lei e os Profetas”, agora cumpridos em e por Jesus, o Messias. Moisés está obviamente representando a Lei, enquanto os Profetas são representados por Elias. A Transfiguração no Monte Tabor afirmou a divindade de Jesus, mas a passagem também costuma ser interpretada alegoricamente, enfatizando a necessidade da transfiguração do fiel por meio da ação do Espírito Santo.

Monte Calvário

O Monte Calvário, também chamado de Gólgota, é o local da crucificação de Jesus. Situado dentro da Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, o antigo topo desta colina sagrada – que não é propriamente uma montanha no sentido geográfico – ocupa um lugar excepcional no catolicismo: é nesta colina que as Escrituras afirmam que Jesus foi crucificado.

A crucificação no Monte Calvário é um dos eventos centrais na teologia cristã, uma vez que o sofrimento de Jesus e a Sua morte redentora por meio do martírio da crucificação são os aspectos centrais dos desenvolvimentos teológicos cristãos relativos às doutrinas da salvação e da expiação.

Estas três montanhas são certamente excepcionais, mas não são as únicas que detêm especial estatuto como lugares de importância espiritual. São locais onde as narrativas bíblicas se desenrolam, moldando a fé e as crenças de inúmeras mulheres e homens de fé. Para o crente, estas montanhas são mais do que marcos históricos: são lembretes da relação permanente entre o divino e o humano. O seu significado transcende a geografia, convidando os fiéis a ponderarem as verdades espirituais profundas por eles representadas.

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