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Por que Jesus decidiu ser batizado por São João?

Baptism of Christ

© Gianni Dagli Orti / The Art Archive / The Picture Desk

The Baptism of Christ -- PRETI, Mattia : 1613-99 : Italian Photo Credit: [ The Art Archive / National Museum La Valletta Malta / Gianni Dagli Orti ]

Edifa - publicado em 09/01/20

Por nada. Seu batismo não tem utilidade para Ele. Mas isto nos serve para nós

“Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galiléia, e foi batizado por João, no Jordão.” (Mc 1,9). Mas Ele, como princípio do Novo Pacto, não precisa de uma purificação (marginal) do antigo. Este batismo não é cristão, por definição, pois é Jesus que é o seu fundamento! Além disso, este sinal de penitência pelos pecados não tem efeito sobre Aquele que, por excelência, não tem pecado para purificar. Este baptismo parece inútil. Embora…

Através do seu baptismo, Jesus manifesta os desígnios de salvação do Pai

Jesus faz este gesto, não por Ele, mas por nós. Em realidade, Ele marca, em Sua pessoa, a ligação entre os dois Testamentos. Jesus recapitula o Antigo, inaugurando o Novo. Ele assegura a continuidade ao instituir uma ruptura: ele mesmo. O próprio Deus, porém, perdoa, diante dele e através dele. Este mesmo Deus é Ele mesmo. O batismo querido por Jesus, conferido por João, é a orquestração do desenho de toda a Bíblia. O mesmo Deus de amor perdoa, salva, ama. Jesus não procura viver, mas mostrar. Ele manifesta os desígnios de salvação do Pai.

Assim é com a liturgia: ela manifesta o que Deus pretende nos dar. Como diz Santo Agostinho e um prefácio à Missa, “nossas canções não contribuem nada ao que Tu és, mas nos aproximam de Ti, através de Cristo Nosso Senhor”. Agradecemos a Deus por ser Deus para nós. Ele nos faz partilhar da sua glória. Sim, Deus sabe o que Lhe pedimos, mas Ele quer que Lhe peçamos por nós, e através de Cristo. Nos faz bem enquanto nos eleva até Ele.

A oração que nos transforma profundamente

É preciso compreender que a oração, e sobretudo a liturgia como portadora de qualquer oração possível, tem um efeito transformador. Não se trata de fazer milagres, como: “Rezo, hop! funciona”, mas nos transforma em profundidade. Isso nos torna cristãos e, como tal, nos ensina a ver e agir de acordo com Deus.

Os nossos pensamentos e ações são moldados por esta transformação. O resultado já não é o mesmo. Isso é o que mudou! O milagre somos nós voltados para Deus. Aqueles que celebram uma cerimônia, quase todos os dias, por exemplo, vésperas ou elogios, experimentam isso. A sua oração respira o oxigénio da Igreja.

Frei Thierry-Dominique Humbrech

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