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Você perdeu o gosto pela oração? Então leia isso

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Aleshyn_Andrei/Shutterstock

Edifa - publicado em 29/01/20

Muitos são aqueles ou aquelas que abandonam a oração uma vez que ela se torna difícil ou porque acham que a oração não os serve para nada. E é assim que eles acabam por pensar que perderam a alegria de ser cristão

A alegria é cristã porque, junto com a paz, ela é considerada um fruto da caridade. Aquele que vive de Deus e em Deus, que se alimenta da Eucaristia e do perdão, e sobretudo que coloca isso em ação, amando os outros como Jesus os amou, é sempre feliz de ter encontrado o Senhor e de não se afastar dele. No entanto, a alegria não é acompanhada sempre do prazer.

O prazer é a alegria sensível, está à nível sentimental, das paixões, do corpo. Ele é o transbordamento da alegria da alma, mas a vida impõe outras leis além de um prazer contínuo. Contudo, a nossa geração não faz nada que não traga prazer. Então as dificuldades chegam, as tentações, ou mesmo o simples cansaço de cada dia fazem o prazer quase desaparecer. É o que acontece às vezes no caso da oração.

A armadilha do diabo

Pode ser que ontem foi fácil para nós rezar, a oração fluiu. Já hoje, a oração está sendo difícil, não nos sustenta mais e, sobretudo, não nos leva a nada. Ora, se nós pensamos ter perdido a alegria de ser cristão algo está errado. Nós apenas confundimos o que é o prazer sensível e o que é a alegria da alma. Se nós paramos de rezar quando o prazer não mais estiver lá, o que fazer?

Podemos até encontrar essa situação naqueles que levam uma vida séria de oração, incluindo os consagrados: “quando eu não estou com vontade de rezar, eu não rezo”. Todos os pretextos do mundo fazem fila para apoiar essa atitude. É uma armadilha, inventada por um pequeno demônio. Além disso, existem também as nossas defesas: “É a nossa geração, somos frágeis, etc.”, há a tentação da acídia, que está presente em todas as gerações. A acídia é como uma demissão voluntária e, portanto, pecaminosa, diante da urgência da oração. É a tentação do espírito.

A oração é o encontro da alma com Deus, que sempre nos espera. Sabendo disso, iremos encontrá-lo apenas quando der vontade? Isso não é apenas rude, mas acima de tudo, é um erro, pois somente Deus pode nos dar alegria nos momentos em que mais precisamos.

Irmão Thierry-Dominique Humbrech

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