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Os pais têm o direito de interferir na escolha do cônjuge dos filhos?

MOTHER,DAUGHTER,FIGHT

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Edifa - publicado em 04/06/20

Até que ponto os pais têm o direito de dar opinião sobre a escolha do futuro cônjuge dos seus filhos?

Alguns pais temem que seus filhos cometam um grande erro ao escolher mal o seu cônjuge. Eles sabem que a vida de casal não é fácil e que, muitas vezes, a probabilidade de sucesso é baixa. E então, o que fazer? É impossível ficar imóvel se temos quase certeza de que nosso filho está fazendo uma má escolha.

Quando a recusa dos pais reforça ainda mais o amor entre o jovem casal

Antes de tudo, uma oposição ou recusa total contra o futuro genro ou nora não são indicados (exceto se os filhos ainda são adolescentes).

Se um rapaz ou moça obedece veementemente o desejo dos pais, é possível que ele ou ela se arrependa amargamente ao longo de toda a sua vida por não ter vivido o seu amor de juventude, e que ela se jogue nos braços do mesmo homem caso seus caminhos se cruzem novamente no futuro.

Na maioria das vezes, essa recusa pode paradoxalmente reforçar o amor do jovem casal. Quanto mais os pais enfatizam os limites do futuro cônjuge, mais o filho encontra justificativas para negar, dizendo algo como: “posso ver que você não o conhece”.

Os amores mais fortes dos quais a História guarda memória são amores evitados: Romeu e Julieta, Abelardo e Heloísa, dentre outros. Os pais precisam ser prudentes para não acender um sinal vermelho autoritário perante a escolha do filho. Não se deve fincar o pé e manter a opinião a todo custo caso sejam contrariados.

Nem sinal vermelho, nem verde

Também não é aconselhável acender o farol verde muito rápido e dar todo o seu consentimento no caso do genro ou da nora agradar muito, dizendo algo como “Case-se, ela é formidável!”. Pois mais tarde, quando o casal estiver passando por dificuldades (o que sempre acontece), o filho pode pensar “Eu casei porque meus pais me pressionaram”, álibi muito comum para justificar um divórcio. 

Portanto, nem luz vermelha, nem luz verde! Mas talvez uma luz amarela?

Filho(a), nós suspeitamos que você possa ter problemas com essa pessoa mais tarde. Mas depende de você analisar. Você saberá se o nosso julgamento é justo ou não. Você é inteligente o suficiente para compreender em que se baseia o nosso conselho. Se estivermos errados, não hesitaremos em rever a nossa opinião. Não nos oporemos à sua escolha, mas contamos com o seu bom senso para estudar nossas apreensões, pois o amor não é o único critério na hora de escolher o seu cônjuge”.

Contudo, nem sempre um convite respeitoso à reflexão é eficaz. Mas, ao menos, isso fará com que os pais não se sintam culpados, pois fizeram todo o possível para colocar uma luz de sabedoria sobre a escolha dos seus filhos.

Marie-Noël Florant

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