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5 pontos de referência para amar melhor uns aos outros como uma família

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Edifa - publicado em 16/12/20

A vida familiar, com o que implica de proximidade e de rotina, põe à prova o mandamento do amor. Aqui estão alguns bons comportamentos a serem adotados para amar um ao outro um pouco mais a cada dia

A família é a mais bela escola de amor, mas às vezes, no turbilhão da vida cotidiana, pode ser difícil amar uns aos outros. Aqui estão algumas dicas para cultivar esse amor, aconteça o que acontecer.

1. “O amor é paciente”

A Primeira Carta aos Coríntios 13, 4 deve ser meditada nas tardes durante a semana, por volta das 18 horas, quando o bebê chora pedindo sua mamadeira enquanto seu irmão mais velho se recusa a estudar sua lição de inglês e os irmãos mais pequenos aproveitam para transformar a banheira numa piscina. Que mãe de família não sentiu, neste tipo de situação, uma vontade irreprimível de dar tapas a torto e a direito antes de partir para uma ilha deserta?

Poderíamos estender este exemplo a outras áreas porque a primeira forma de paciência a que somos chamados é aquela paciência diária que passa pelas pequenas coisas. Portanto, antes de entrarmos no banheiro ou nos aproximar ao aluno teimoso, vamos lançar um pequeno SOS para o céu:

Senhor, dá-me paciência!

Esta frase demora um segundo e muda tudo: não com um toque da varinha mágica, mas em profundidade.

2. “O amor é útil”

A família é a primeira escola de serviço. Se motivamos os nossos filhos a servir – começando por dar o exemplo à eles – não é apenas porque isso torna a vida familiar mais agradável e fácil, mas porque, por meio dos muitos favores que temos uns para os outros, descobrimos que “servir” não consiste em fazer as melhores ações, mas em ser útil. Se o amor exigisse apenas que prestássemos serviço, poderíamos sentir afeição um pelo outro após um certo número de favores. No entanto, por meio de todos esses serviços, por mais humildes que sejam, somos solicitados a dar aos outros. E nunca chegaremos ao fim desse dom.

3. “O amor não fica com raiva”

Na vida familiar, não faltam ocasiões para ficar com raiva dos parentes. Não se surpreenda, é normal. Acima de tudo, não vamos fingir que nunca sentimos raiva; em si mesmo, sentir raiva não é bom nem ruim. “Como todos os sentimentos, não temos o direito de não sentir isso. Está aí, está tudo”, explica a psiquiatra Dominique Megglé, que afirma no livro Être heureux en famille [“Ser feliz em família”]: “Tenho visto uns ódios extraordinários silenciosos e mortais em famílias onde era proibido ficar com raiva”.

A questão é saber o que fazemos com nossa raiva: se deixamos ela explodir de alguma forma, se aceitamos que ela dite nossos comportamentos, então ela se tornará ruim. Crescer no amor é aprender a administrar nossa raiva e não nos deixar levar pela energia que mobiliza em nós.

4. “O amor não leva em conta o mal recebido”

Às vezes é difícil discernir o que devemos perdoar, especialmente quando se trata de ofensas mínimas e aparentemente insignificantes. Tendemos a não detectá-las, talvez por orgulho: é muito humilhante admitir que nos ofendemos com uma besteira! Mas essas ninharias acumuladas acabam sufocando o amor com mais certeza do que as faltas graves. Na ordem do amor, não há nada de insignificante e, se não vigiarmos todos os dias para perdoar uns aos outros em família, inclusive as coisas mais pequenas, acabaremos nos cortando, imperceptivelmente, mas com certeza.

5. “O amor se alegra com a verdade”

É comum dizer que “o amor cega”. Talvez certa forma de amor apaixonado sim, mas não o amor. O amor, ao contrário, vê o outro em sua verdade, que não se revela necessariamente pelas aparências. Amar o outro é estar atento ao que está em profundidade e aí encontrar a nossa alegria. No entanto, sabemos bem que a rotina é o pior inimigo do fascínio. Ao ver o nosso cônjuge e os nossos filhos todos os dias, corremos o risco de não olhar para além da superfície do seu ser: essas pequenas esquisitices que nos incomodam, esses traços de caráter que pensamos conhecer muito bem, essas palavras e essas atitudes que já não podem fazer surpreender.

Mas Deus não olha para eles assim: Ele vê a profundidade do seu ser, a beleza que Ele colocou neles. É Ele quem nos ensina a olhar para os nossos irmãos com verdade, com fascínio e apreço. Vamos reservar um tempo para olhar para o nosso cônjuge e nossos filhos à luz de Deus. Vamos dar graças por todas as maravilhas que Ele colocou neles.

Christine Ponsard

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