Bem-aventurado Anton Maria Schwartz

No dia 28 de fevereiro de 1852, nascia em Baden, Áustria, o pequeno Anton. Era o quarto filho de uma família composta por treze filhos. Seu pai era funcionário público, no município e sua mãe era dona de casa. Quando completou 15 anos de idade, o jovem Anton perde tragicamente o Pai; afetado psicologicamente por essa morte, logo seu rendimento escolar decaiu muito. Com muito esforço ele conseguiu superar essa crise. Em 1869 ele entra na escola dos padres escolápios. Nesse período ele cultiva uma forte devoção por São José de Calasanz, fundador dessa Congregação. Em 1871, o jovem Anton entra no seminário diocesano, distinguindo-se pelo ótimo aproveitamento acadêmico. Também fica gravemente doente e após o período de convalescência ele decide se consagrar à Virgem Maria, que o protegeu. Para tanto, o incorpora o nome “Maria”, ao próprio nome. Anton Maria será ordenado no dia 25 de julho de 1874 pelo cardeal Rauscher. Durante seus primeiros anos como padre desempenhará o papel de capelão, posteriormente será enviado para trabalhar nos hospitais como diretor espiritual dos doentes. Teve a oportunidade de constatar a situação delicada dos funcionários que não dispunham de um atendimento espiritual. É então que ele tem a inspiração de fundar uma associação voltada para a pastoral hospitalar. Outro foco de sua ação pastoral está voltado para os operários. Para eles constrói uma igreja em Viena dedicada a São José de Calasanz. Pouco tempo depois, em 1889, funda a Congregação dos Operários Cristãos de São José de Calasanz. Padre Anton Maria busca combater os abusos que se abatiam sobre a classe operária: muitos não tinham um sindicato ou um regulamento claro para os turnos de trabalho; crianças chegavam a trabalhar doze horas por dia, mesmo aos domingos e feriados; horas extras não eram pagas… um mundo de trabalho que, infelizmente, ainda permanece em parte até os nossos dias. A Congregação fundada por ele, quer fornecer uma formação cristã, cultural e social. Padre Anton Maria, em seu afã de ajuda aos operários, chega a participar com eles em várias greves que reivindicavam melhores condições de trabalho. Sua ação foi tão bem-sucedida que logo outras associações começaram a surgir em outros lugares, até mesmo em Budapeste. Poucos conseguiam acompanhar esse padre visionário e, portanto, muitas críticas eram feitas. Apesar disso, ele costumava dize que “se a Igreja não conseguir levar os operários até Cristo, a sociedade se afastará sempre mais de Cristo”. Permanecerá seguindo seu ideal até o dia de sua morte, que ocorreria no dia 15 de setembro de 1929. Milhares de pessoas compareceram aos seus funerais. São João Paulo II o proclamou bem-aventurado no dia 21 de junho de 1998.