Bem-aventurado Luís Liguda

Em sua sétima viagem apostólica na Polônia, no dia 13 de junho de 1999, em Varsóvia, São João Paulo II beatificava um grupo de 103 mártires, todos vítimas da perseguição contra a Igreja na Polônia durante a ocupação nazista ocorrida durante a II Guerra Mundial. A sociedade polonesa pagou um altíssimo preço durante a Guerra: calcula-se que mais de cinco milhões de poloneses foram mortos pelos nazistas. Nessa multidão imensa, contam-se inúmeros sacerdotes, religiosos e religiosas. Dentre essas vítimas, estava o sacerdote Luís Liguda. Nascido no dia 23 de janeiro de 1898 cerca de vinte anos após seu nascimento entra nos padres da Sociedade do Verbo Divino, congregação fundada por Santo Arnoldo Janssen, um sacerdote alemão. Luís fez sua profissão religiosa perpétua em 1926 e no ano seguinte foi ordenado sacerdote. Logo assumiu o encargo de Reitor do Seminário Menor Verbita de Górna Grupa, na Polônia. Após a invasão por parte dos nazistas em 1939, o Instituto de Padre Luís foi transformado pelos soldados em centro provisório de prisão para eclesiásticos; em seguida iriam ser transferidos para o tristemente famoso campo de concentração de Dachau, na Baviera alemã. Por dois anos, Padre Luís e companheiros sofreram as mais horrendas privações no campo de concentração. Pelo ódio que os guardas do campo nutriam pelos poloneses, estes se “divertiram” matando Padre Luís por afogamento. Padre Luís entrou no grupo de mártires desse triste período da história da humanidade dando um testemunho luminoso, como São Maximiliano Maria Kolbe havia também dado, oferecendo sua vida pela conversão dos homens e pela paz.