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Santo Albano 

Mártir  († 287, aprox.)  

Corpus Domini Orvieto

Antoine Mekary | ALETEIA

Albano foi primeiro mártir cristão da Inglaterra. Visto que serviu no exército romano, há dúvidas sobre sua origem. Sabe-se que viveu em Verolamium, uma cidade-fortaleza construída pelos governadores imperiais no sudeste da Grã-Bretanha, perto do rio Ver. Sendo pagão, não tinha nada a temer quando uma perseguição anticristã atingiu a ilha (talvez tenha sido a de Septímio Severo em vez daquela considerada mais famosa: a de Diocleciano).

Um dia chegou à casa de Albano um dos perseguidos cristãos. Ele o acolheu e escondeu. Ao conversar com o homem, quis conhecer melhor a fé dos cristãos. Ficou tão impressionado que acabou por se converter e num momento de grande risco.

Rastreando cristãos através de denúncias, os soldados chegaram até a casa de Albano. Quando entraram em sua casa para levar o cristão escondido, Albano se vestiu e foi preso no lugar dele: “Quem procurais, sou eu”. Seguiu-se o julgamento, a sentença e o martírio, na margem oriental do rio Ver. Parece também que Albano, antes de morrer, também converteu um dos carrascos. No local da execução, cessadas as perseguições, foi então erguido um martírio, como eram chamados os monumentos e santuários erguidos sobre os túmulos dos mártires. Ali, por volta do ano 429, chegou em peregrinação o bispo Germano de Auxerre (Gália), que levou para casa terra recolhida no local do martírio. No mesmo século V, a Grã-Bretanha, abandonada pelas tropas romanas, foi invadida por tribos germânicas (anglos, saxões, jutos) que anularam a ordem romana e dispersaram a primeira organização cristã. A nova evangelização da ilha começou na época do Papa Gregório Magno (590-604). E, assim, o culto de Albano como santo e mártir, testemunha de fé em Cristo e amor fraterno, retomou vigor. Uma abadia foi fundada no local de seu martírio, em torno da qual ao longo do tempo nasceu uma aldeia, construída com as pedras da Verolamium, que estava em ruínas. Finalmente, a vila se transformou em uma cidade, que hoje leva seu nome: Saint Albans, ao norte de Londres, com a esplêndida catedral a ele dedicada.

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