Santa Maria da Imaculada Conceição

Maria Isabel Salvat Romero nasceu em 1926, Madri, Espanha, sendo a terceira dos oito filhos de Ricardo Salvat Albert e Margarita Romero Ferrer. Foi batizada no dia seguinte ao seu nascimento, com o nome de ‘Maria Isabel’, na igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Rua Goya, Madri. Quando criança frequentou a escola das Irmãs Irlandesas, em Madri, e celebrou sua Primeira Comunhão aos seis anos de idade.
Sua família trocou a Espanha por Portugal de julho de 1936 a 1938, a fim de escapar das perseguições da Guerra Civil Espanhola e retornou após a conclusão do conflito. Durante o tempo que morou em Portugal, a menina percebeu que seu chamado era o da vida religiosa. Enquanto sua mãe aprovava essa decisão, seu pai tentou suprimi-la, embora mais tarde tenha cedido ao forte desejo da filha.
Em 8 de dezembro de 1944 Maria Isabel entrou para a Companhia da Cruz, estabelecida por Santa ngela da Cruz, e vestiu o hábito da congregação, pela primeira vez, em 9 de junho de 1945, também tomando um novo nome para simbolizá-lo: Maria da Imaculada Conceição. Mais tarde, fez seus votos temporários em 27 de junho de 1947 e emitiu seus votos perpétuos em 9 de dezembro de 1952.
Em 1966, foi enviada à Casa Mãe da Congregação, em Sevilha, onde, em 1968, foi nomeada provincial. Finalmente, em 1977, ascendeu ao cargo de Superiora Geral e foi reeleita três vezes, permanecendo no cargo até sua morte.
Durante seu mandato, supervisionou a atualização da Constituição enquanto tentava defender o carisma da congregação. Continuou a salvaguardar o carisma, concentrando-se na renovada fidelidade à mensagem do Evangelho e no magistério da Igreja, bem como na ênfase da devoção mariana e da eucarística. Romero também se encontrava com os doentes e os pobres todas as manhãs, trabalhando incansavelmente junto a eles, servindo comida e limpando suas roupas. Em seu papel de Madre Geral, assistiu à beatificação de ngela da Cruz pelo papa João Paulo II, em 5 de novembro de 1982.
Foi diagnosticada com um tumor em 1994 e enfrentou sua doença, durante os quatro anos seguintes, com grande docilidade à vontade de Deus. Romero morreu em Sevilha em 31 de outubro de 1998.
Seu processo de canonização começou com a declaração de “nihil obstat” (nada contra) em 13 de janeiro de 2004, que lhe conferiu o título de Serva de Deus. A causa foi aberta em Sevilha e o processo local durou de 20 de fevereiro de 2004 a 15 de novembro de 2004. O processo foi validado em 2 de julho de 2005.
Um milagre atribuído à sua intercessão foi investigado em nível local, de 4 de novembro de 2005 a 13 de fevereiro de 2006, e foi validado em 13 de dezembro de 2006. O Papa Bento XVI aprovou o milagre em 27 de março de 2010, abrindo caminho para sua beatificação. O milagre envolveu a cura de Ana Maria Rodriguez Casado, que foi curada aos três anos de idade em 2004, depois de viver em estado vegetativo. A menina celebrou sua primeira comunhão na missa da beatificação de Maria da Imaculada Conceição.
Um segundo milagre atribuído à sua intercessão foi investigado e validado em 13 de dezembro de 2013. Foi submetido a um cuidadoso escrutínio num processo local em 2013 e foi adotada uma decisão unânime e positiva por parte da junta mestra em Roma, em 6 de novembro de 2014. Recebeu, também, a aprovação unânime dos teólogos em 20 de janeiro de 2015. Em 5 de maio de 2015, o Papa Francisco aprovou o milagre, que lhe permitiu ser canonizada.
Foi canonizada pelo próprio Papa Francisco como uma santa da Igreja Católica Romana em 18 de outubro de 2015.