Bem-aventurada Isabel Remiñán Carracedo

Nascida aos 17 de junho de 1876 na região espanhola de La Coruña, recebeu o nome de Maria Consuelo na pia batismal. Cresceu no seio de uma família religiosa e logo demonstrou sentir o chamado para sua consagração à vida religiosa. Após receber o sacramento da Confirmação, iniciou em 1905 o noviciado na Congregação das Terciárias Franciscanas da Divina Pastora, fundada em 1805 pela Madre Maria Ana Mogas Fontcuberta – hoje Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor. Seus votos perpétuos ocorreram em 1912 e foi-lhe dado o nome religioso de “Isabel”. Na Congregação, a tarefa de irmã Isabel foi principalmente o ensino, até que uma doença particularmente dolorosa a obrigou a se retirar para a enfermaria da Congregação. Apesar de seu isolamento na enfermaria, impressionava a todos com sua humildade e serenidade diante da provação, convencida que Deus a chamava a viver uma vida de sacrifício. Com o início da guerra civil espanhola em 1936, Irmã Isabel foi transferida para o Hospital da Venerável Ordem Terceira, em Madrid. Nesse hospital recebeu finalmente o diagnóstico de sua doença: tuberculose luposa (lúpus) no rosto. Os tumultos da guerra se tornavam cada vez mais frequentes: as irmãs enfermeiras, no auge da perseguição contra os cristãos, foram expulsas do hospital. Irmã Isabel acompanhou suas coirmãs e se refugiaram num apartamento no centro da cidade. Diante das reiteradas perseguições com vasculhas nos prédios, Irmã Isabel teve medo que sua condição pudesse comprometer suas coirmãs. Decidiu então voltar par ao hospital sozinha. O que acontece, em seguida, está circundado de mistério: ela saiu do apartamento, mas não se sabe se chegou a entrar no hospital. Algumas testemunhas dizem que foi rodeada por uma multidão e foi linchada; outras testemunhas creem de a terem visto ser amarrada na traseira de dois caminhões que a despedaçaram ao partirem em direções contrárias. O fato é que seu corpo foi encontrado no dia 7 de agosto de 1936 nas cercanias de Madrid.