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Bem-aventurada Maria Luisa Angélica (Gertrudes) Prosperi

Religiosa beneditina (†1847)

ANGELS

Public Domain


Chamava-se Gertrudes Prosperi e nascera em 19de agosto de 1799, numa aldeia situada na região italiana da Úmbria, famosa por ter tido entre seus filhos um dos santos mais populares do planeta: São Francisco de Assis. A família de Gertrudes, embora fizesse parte da nobreza local, vivia com dificuldades econômicas – o que não deixa de ser uma ironia: embora o sobrenome da família fosse “prosperi” (prósperos), viviam na pobreza. Pouco se sabe de sua primeira infância, as notícias certas dão conta de que no dia 4 de maio de 1820 ela foi acolhida no mosteiro de Santa Luzia a Trevi, na cidade de Espoleto onde havia uma comunidade beneditina. Entrando na vida religiosa assume o nome de Maria Luisa. De 1822 a 1834 vive no mosteiro como religiosa exemplar, desempenhando vários papéis na comunidade. Os testemunhos a descrevem como uma pessoa amável e bem quista pelas demais monjas. Experimenta várias visões e êxtases, mas suas coirmãs nada sabem disso. Ela se mantém reservada sobre suas experiências místicas. Com a chegada de um novo Diretor Espiritual, Irmã Maria Luisa se vê na necessidade de revelar às coirmãs suas vicissitudes. Numa delas, Jesus teria lhe aparecido e revelado que ela se tornaria o opróbrio de todos e que sofreria pela incompreensão. Efetivamente, ao revelar suas visões, recebeu uma sanção monástica e foi incompreendida pelas demais monjas. Por outro lado, se entregou com maior afinco às orações e à prática de uma série de penitências. Em 1837, com apenas 38 anos, e inesperadamente, é eleita abadessa do mosteiro, cargo que desempenhará até o dia de sua morte. Diante do desafio, ela se demonstra à altura do encargo: repropõe a observância da Regra de São Bento como bússola segura para toda a comunidade e administra o mosteiro com humildade e cordialidade, conquistando as coirmãs mais pela simpatia que pela imposição. Uma das noviças chega a dizer que “é impossível não a amar”. Em pouco tempo, começam a chegar novas vocações atraídas pelo exemplo e pela bondade da nova abadessa. Novamente seu Diretor Espiritual a obriga a escrever suas experiências místicas: chega a compilar cerca de trezentas páginas com visões que primam pela quantidade de imagens simbólicas envolvendo, principalmente, o Sagrado Coração de Jesus. Nos últimos quatro anos de sua vida ela experimentará um grande sofrimento. Segundo o testemunho das coirmãs, a Abadessa Maria Luisa na semana santa de 1847 está em sua cama, doente. Na Quinta-feira Santa está como que paralisada em sua cama; tem dores fortíssimas. Na Sexta da Paixão, em volta de sua cabeça apresentam-se sinais parecidos com aqueles de uma coroa de espinhos; próximo ao coração se abre uma ferida com sangue e nas mãos, sinais vermelhos. Quando chega a Páscoa, os sinais desaparecem e ela se sente melhor. Logo em seguida, porém, volta para a cama, agora com sinais de uma forte infecção. Morrerá santamente e com grande serenidade: prepara-se para a morte permanecendo em sua cama com os braços abertos, como um ícone do crucificado. A morte chega após uma breve agonia no dia 12 de setembro de 1847. No dia 10 de novembro de 2012 foi declarada bem-aventurada pelo Papa Bento XVI, após a confirmação de um milagre obtido por sua intercessão.

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