Bem-aventurado Alcuíno

Alcuíno de York: uma das maiores figuras do renascimento carolíngio, nasceu em York de em 735. Sua família pertencia à nobreza anglo-saxônica e foi educado na escola catedralícia de York. Em seguida entrou na Ordem Beneditina; tornando-se diácono assumiu a direção da escola onde estudara e, em breve tempo se tornou uma das mais famosas instituições do mundo medieval. Numa viagem para Roma, Alcuíno encontrou-se com o imperador Carlos Magno na cidade de Parma (Itália). Desse encontro, resultou um convite do próprio imperador para que ele fizesse parte da corte. Com a permissão de seu bispo, em 782 Alcuíno se transferiu para Aachen, assumindo a direção da “Escola Palatina”, fundada pelo próprio Carlos Magno; deve-se dizer que muitas funções Alcuíno desempenharia ainda a serviço do imperador. Considerando os tempos em que viveu – a difusão da barbárie nos séculos posteriores à queda do império romano – convém destacar que sua pessoa pode ser considerada como a espinha dorsal do assim chamado “renascimento carolíngio”, um movimento complexo de retomada dos estudos e de consolidação de valores culturais. Mais que um filósofo, Alcuíno foi um grande divulgador e semeador de ideias: suas inúmeras obras – só as cartas, contam-se mais de trezentas – contribuíram notavelmente para a consolidação de bases que nortearam a cultura e a educação na Europa medieval; seu nome está ligado aos mais variados campos do saber como, por exemplo, história, filosofia, a matemática. Morreu no dia 19 de maio no mosteiro de São Martinho, em Tours, na França.